Inspiração de Robben e Van Persie e má atuação defensiva espanhola decidiram o jogo
Por: Luis Henrique de Sá Perles
Espanha (4-3-3): Casillas, Azpiliqueta, Sergio Ramos, Pique,
Alba, Busquets, Xabi Alonso (Pedro), Xavi, Iniesta, David Silva (Fabregas) e Diego Costa (Torres).
Téc: Vicente Del Bosque.
Holanda (3-4-3): Cillenssen, Vlaar, De Vries (Veltmam), Bruno Martins,
Blind, De Guzmam (Wijnaldum), De Jong, Robben, Sneijder e Van Persie (Lens).
Téc: Louis Van Gaal.
Definitivamente não foi o dia da seleção espanhola, nem
mesmo o pênalti inexistente marcado por Nicolla Rizolli ajudou a atual campeã
do mundo a bater sua rival na final da última Copa. E pior a
goleada sofrida na estréia pode ter mostrado que o estilo "tike taka" esta cada vez mais defasado.
Jogando com esquema diferente 3-4-3, com uma zaga frágil (que
mesmo com a cobertura dos alas e volantes cedia espaço para o toque espanhol) a
Holanda apostou nos contra golpes e no talento de seu trio ofensivo (Sneijder,
Robben e Van Persie) e assim venceu. Muito também devido aos erros defensivos
espanhóis e lançamentos precisos de Robben e Blind para os avantes laranjas.
Foi assim no primeiro tento holandês, quando a Espanha
tomava conta do jogo, após o gol de Xabi
Alonso em penal inexistente cavado por Diego
Costa, Blind lançou e o artilheiro Van Persie de cabeça encobriu o goleiro Casillas
empatando o jogo no final da primeira etapa.
E ainda mais no segundo tempo quando a Holanda mudou a
postura, acreditou na sua posse de bola e no talento ofensivo de sua equipe. Aos
10 minutos foi de novo de Blind o lançamento para o domínio perfeito de Robben,
entre os zagueiros espanhóis que não acharam a perna esquerda do ponta holandês,
que mandou para as redes virando o jogo.
Aos 14 minutos, a Holanda acertou o travessão com Van Persie
em contra golpe puxado por Robben. Este gol perdido, porém, não fez falta, pois,
quatro minutos depois o zagueiro De Vries de cabeça, após saída errada de
Casillas, aumentou a vantagem holandesa.
Com a ducha de água fria, restou a Espanha atacar, mas
desorganizada nem mesmo as entradas de Pedro, Fabregas e Torres corrigiram o
rumo da partida. A Holanda cresceu psicologicamente e aproveitou mais uma falha
espanhola, Casillas saiu mal e Van Persie só teve o trabalho de vencer o
goleiro na dividida e empurrar para as redes, era o quarto gol laranja. E tinha
mais, em novo contra golpe Sneijder lançou Robben que ganhou na velocidade do
lento Pique, tirou de Casillas e com sua perna esquerda fechou uma goleada
histórica.
Após anos jogando no tradicional 4-3-3, o treinador Van Gaal
ousou e mesmo com algumas falhas demonstradas, em especial na primeira etapa, o
plano deu certo. Jogar no erro, no lançamento longo para a velocidade e talento
do seu ataque deu resultado e que resultado. A Espanha resta juntar os cacos e abrir os olhos, afinal em
sua chave a equipe tem ainda pela frente o perigoso e insinuante Chile, além da
frágil Austrália.
Robben foi o cara no massacre holandês diante da Fúria (Foto: AFP) |
Espanha
Pontos fracos: A defesa foi a maior deles, Sergio Ramos,
Pique e os laterais, em especial Alba, não receberam a proteção necessária dos
volantes e a Espanha se via em vários apuros no lançamentos diretos para o
ataque holandês. A posse de bola também não funcionou na segunda etapa, foi
errando passes que a equipe cedeu oportunidades para os gols da Holanda.
Pontos fortes: Apesar da derrota o primeiro tempo foi
interessante, marcando pressão e achando espaço em meio ao sistema de marcação da
Holanda. Os lançamentos em profundidade para Diego Costa e David Silva
funcionaram e quase decidiram para a Espanha.
Holanda
Pontos fracos: Apesar da vitória, o sistema defensivo
holandês errou demais no posicionamento (em especial no primeiro tempo) e cedeu
espaço para os avanços espanhóis, em alguns momentos a defesa ficou no mano a
mano e lenta como é, teve dificuldade para parar o ataque rival.
Pontos fortes: A velocidade dos contra golpes e a
objetividade nas finalizações determinaram a vitória dos holandeses. O trio Sneidjer,
Van Persie e Robben compensa a falta de qualidade e experiência dos volantes,
alas e zagueiros convocados por Van Gaal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário