sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cirúrgica, Holanda goleia Espanha na Fonte Nova

Inspiração de Robben e Van Persie e má atuação defensiva espanhola decidiram o jogo

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Espanha (4-3-3): Casillas, Azpiliqueta, Sergio Ramos, Pique, Alba, Busquets, Xabi Alonso (Pedro), Xavi, Iniesta, David Silva (Fabregas) e Diego Costa (Torres).
Téc: Vicente Del Bosque.

Holanda (3-4-3): Cillenssen, Vlaar, De Vries (Veltmam), Bruno Martins, Blind, De Guzmam (Wijnaldum), De Jong, Robben, Sneijder e Van Persie (Lens).
Téc: Louis Van Gaal.

Definitivamente não foi o dia da seleção espanhola, nem mesmo o pênalti inexistente marcado por Nicolla Rizolli ajudou a atual campeã do mundo a bater sua rival na final da última Copa. E pior a goleada sofrida na estréia pode ter mostrado que o estilo "tike taka" esta cada vez mais defasado.

Jogando com esquema diferente 3-4-3, com uma zaga frágil (que mesmo com a cobertura dos alas e volantes cedia espaço para o toque espanhol) a Holanda apostou nos contra golpes e no talento de seu trio ofensivo (Sneijder, Robben e Van Persie) e assim venceu. Muito também devido aos erros defensivos espanhóis e lançamentos precisos de Robben e Blind para os avantes laranjas.

Foi assim no primeiro tento holandês, quando a Espanha tomava conta do jogo, após o gol de  Xabi Alonso em penal inexistente cavado por Diego Costa, Blind lançou e o artilheiro Van Persie de cabeça encobriu o goleiro Casillas empatando o jogo no final da primeira etapa.

E ainda mais no segundo tempo quando a Holanda mudou a postura, acreditou na sua posse de bola e no talento ofensivo de sua equipe. Aos 10 minutos foi de novo de Blind o lançamento para o domínio perfeito de Robben, entre os zagueiros espanhóis que não acharam a perna esquerda do ponta holandês, que mandou para as redes virando o jogo.

Aos 14 minutos, a Holanda acertou o travessão com Van Persie em contra golpe puxado por Robben. Este gol perdido, porém, não fez falta, pois, quatro minutos depois o zagueiro De Vries de cabeça, após saída errada de Casillas, aumentou a vantagem holandesa.

Com a ducha de água fria, restou a Espanha atacar, mas desorganizada nem mesmo as entradas de Pedro, Fabregas e Torres corrigiram o rumo da partida. A Holanda cresceu psicologicamente e aproveitou mais uma falha espanhola, Casillas saiu mal e Van Persie só teve o trabalho de vencer o goleiro na dividida e empurrar para as redes, era o quarto gol laranja. E tinha mais, em novo contra golpe Sneijder lançou Robben que ganhou na velocidade do lento Pique, tirou de Casillas e com sua perna esquerda fechou uma goleada histórica.

Após anos jogando no tradicional 4-3-3, o treinador Van Gaal ousou e mesmo com algumas falhas demonstradas, em especial na primeira etapa, o plano deu certo. Jogar no erro, no lançamento longo para a velocidade e talento do seu ataque deu resultado e que resultado. A Espanha resta juntar os cacos e abrir os olhos, afinal em sua chave a equipe tem ainda pela frente o perigoso e insinuante Chile, além da frágil Austrália.
Robben jogo Espanha x Holanda (Foto: AFP)
Robben foi o cara no massacre holandês diante da Fúria (Foto: AFP)
Espanha

Pontos fracos: A defesa foi a maior deles, Sergio Ramos, Pique e os laterais, em especial Alba, não receberam a proteção necessária dos volantes e a Espanha se via em vários apuros no lançamentos diretos para o ataque holandês. A posse de bola também não funcionou na segunda etapa, foi errando passes que a equipe cedeu oportunidades para os gols da Holanda.

Pontos fortes: Apesar da derrota o primeiro tempo foi interessante, marcando pressão e achando espaço em meio ao sistema de marcação da Holanda. Os lançamentos em profundidade para Diego Costa e David Silva funcionaram e quase decidiram para a Espanha.

Holanda
Pontos fracos: Apesar da vitória, o sistema defensivo holandês errou demais no posicionamento (em especial no primeiro tempo) e cedeu espaço para os avanços espanhóis, em alguns momentos a defesa ficou no mano a mano e lenta como é, teve dificuldade para parar o ataque rival.


Pontos fortes: A velocidade dos contra golpes e a objetividade nas finalizações determinaram a vitória dos holandeses. O trio Sneidjer, Van Persie e Robben compensa a falta de qualidade e experiência dos volantes, alas e zagueiros convocados por Van Gaal.

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