Uma questão tem sido revelada cada vez mais, o valor do bom futebol, imprensa, técnicos, jogadores e torcedores falam aos cantos e discussões de como é lindo ver o Barça jogar toques velozes e muitos gols um futebol ofensivo.Mas será mesmo que esse desejo é verdade, o a coisa é mais da boca pra fora, o futebol bonito não me parece ser o mais almejado, mas sim o vitorioso, em especial aqui no Brasil, onde o vice é o primeiro dos últimos, tem sido assim desde de a nossa colonização.
Barcelona encanta por que vence Champions, o Santos encanta por que vence a Libertadores, isso é o futebol, o mais importante ainda é, e sempre será a vitória, o Corinthians joga mal, mas é o atual campeão nacional e líder do estadual.O São Paulo faz muitos gols joga pra cima de seus rivais, mas toma muitos gols, e aí vem a pergunta, se a zaga falha os gols acontecem como no domingo a imprensa cai matando junto com a torcida nas zagas, o São Paulo não é líder, mas inova na maneira de jogar atacando expondo seu time jogando com dois segundos volantes, sem o cão de guarda, destruidor, mas não é líder, e isso num campeonato onde oito se classificam e a única vantagem de ser líder e jogar todas em casa, algo que para os quatro paulistas é mais do que comum, pode significar o aborto de um projeto vencedor, se Barcelona ouvisse os críticos quando não vencia no início de seu projeto, se o Brasil não tivesse ouvido os críticos quando perdeu 82, nosso futebol seria sem dúvida muito mais vitorioso e agradável do que hoje é.
O Santos no inicio do trabalho de Dorival foi também criticado como um time muito ofensivo, jovem e sem pegada, Arouca era o volante marcador, Wesley o atacante que virou segundo volante de muita capacidade ofensiva, na frente Ganso, Robinho e Neymar, a zaga até hoje é o ponto fraco do time, embora tenha evoluído com Muricy, mas o projeto continuou e se tornou vencedor, Copa do Brasil, Paulistão duas vezes e a Libertadores, onde o talento de Neymar e Ganso venceram as botinadas dos Argentinos, uruguaios, chilenos....
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| São Paulo de Leão um projeto ofensivo promissor, mas que precisa de ajustes (Foto:R7) |
Temo pelo aborto de projetos ofensivos como o do São Paulo o da Portuguesa e de outros clubes no Brasil, que pela cobrança de títulos e vitórias possam abandonar o bom futebol, para voltar ao 3-5-2, 3-6-1 e jogos chatos e modorrentos, e claro a cobrança na zaga que falha muito tem que existir, mas é bem mais fácil ensinar o bom de bola a marcar um pouco mais do que ensinar o grosso a jogar futebol bonito.
Aplaudo o Coritiba que mesmo não tendo se classificado para a Libertadores no Brasileiro e perdido a final da Copa do Brasil continuou seu projeto, perdeu o turno para o Atlético no estadual em 2012, mas continua jogando pra frente, encarando os rivais sem medo de perder.
Quando um treinador lança uma ideia de jogo ofensiva como um projeto para um time ainda em formação com menos de dois meses de trabalho, e o resultado não vem, cai a imprensa e torcedores em críticas e assim morrem os Telês Santanas e sobram os "Joels Santanas".
Este texto não é de um jornalista formado ainda(estou no segundo ano), não é de um torcedor, mas é sim de um amante do bom futebol que teme pelo fim do mesmo. Não vamos destruir a beleza do futebol pensando em resultados, ao invés de adotarmos o bom futebol , caímos na mesma ideologia do capitalismo o importante é ganhar não interessa como e por onde, vencer por 1 á 0 não pode ser mais importante que jogar futebol, senão estaremos indo ao final do nosso futebol e teremos que ver os então "botinudos" uruguaios e "durões" alemães nos ensinarem a jogar bola em 2014!
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| Ozil e a sua Alemanha ensinaram o Brasil como jogar na última copa (Foto:AFP) |
