quinta-feira, 31 de julho de 2014

Derrotas complicam escoceses na Liga Europa

Aberdeen e St. Jonh terão de reverter a vantagem rival  para seguirem sonhando com vaga


Após a derrota do Celtic para o Legia na última quarta-feira (30) a sequência de derrotas europeias aumentou para os clubes escoceses. Nesta quinta-feira (31) Aberdeen e St. Jonhstone perderam para Real Sociedad e Spartak Trvana (ESL), respectivamente, se complicando na luta por vaga a quarta e última fase pré-eliminar da Liga Europa.

O Aberdeen foi até o país Basco e sabendo das dificuldades que enfrentaria tentou segurar a boa equipe espanhola que em quinze minutos de jogo, na segunda etapa, abriu excelente vantagem para o jogo de volta (2 a 0). Gols de Zurutuza e Canales.

A Sociedad foi superior durante quase todo jogo pressionando os reds. Sem saída de contra golpe, a equipe escocesa resistiu até os 53 minutos quando Zurutuza abriu o placar e quinze minutos depois quando Canales decidiu o jogo e deixou a equipe basca pertinho da vaga.

O Aberdeen FC perdeu por 2 a 0 no país Basco (Foto: Getty /Juan Manuel Serrano Arce)
A outra equipe escocesa fez ainda pior, perdeu em casa para o Spartak Trvana da Eslováquia por 2 a 1 e terá de vencer o jogo da volta (por pelo menos 3 a 2 ou dois gols de diferença) para garantir vaga a quarta fase.

Com a missão de fazer o resultado em casa, o St.Jonh deixou espaços que foram muito bem aproveitados pelo rival eslovaco. Com 34 minutos, o centroavante Schranz abriu o placar e aos 63, novamente Schranz fez 2 a 0 para o Spartak Trvana que jogava solto aproveitando os erros escoceses.

No apagar as luzes, aos 93 minutos de jogo, MacKay colocou um pouco mais de esperança no torcedor do St.Jonh diminuindo a derrota, mas a equipe terá de jogar muito futebol para bater o rival na Eslováquia.

Com os péssimos resultados desta semana, a Escócia corre o sério de risco de ficar sem representante na fase de grupos das duas competições europeias, a Champions League e Liga Europa.

St.Jonh terá de reverter o resultado na Eslováquia (Foto: SNS/ Sammy Turner).

Celtic é goleado na Polônia e praticamente dá adeus a Champions

Equipe escocesa terá de vencer, em casa, por três gols de diferença para avançar a quarta fase pré-eliminar

Legia: Kuciak, Broz, Rzezniczak, Inaki , Astiz, Brizyski, Jodlowiec, Vrdoljac, Duda, Zyro (Saganowski), Kucharcziak (Kosicki), Radovic.
Téc: Henning Berg.

Celtic: Forster, Mathews, Ambrose, Virgil Van Dijk, Lustig, Mulgrew, Johansen, Berget (Izaguirre), McGregor, Commons (Griffithins) e Pukki (Kayal).
Téc: Ronny Deila.
Festa da torcida polonesa foi coroada com excelente resultado pelo Legia (Foto: Sammy Turner/SNS).
Em campo no belo estádio de Varsóvia, Legia e Celtic iniciaram a disputa por vaga a quarta fase  pré-eliminar da Champions League nesta quarta-feira (30). De um lado o atual campeão polonês, do outro o escocês e nas arquibancadas um verdadeiro espetáculo da torcida local.

Escalado de forma ofensiva, o Celtic iniciou o jogo com mais posse de bola, movimentando muito sua linha de três meias e achando espaços na marcação polonesa. Com sete minutos, Pukki fez jogada de pivô e rolou para o meia McGregor que tirou da marcação e bateu da entrada da área, sem chance para o goleiro rival, 1 a 0 Celtic.

A torcida local não sentiu o gol e pelo contrário empurrou sua equipe para o ataque. Em jogada veloz pelo meio, o centroavante sérvio Radovic recebeu e bateu forte no canto esquerdo de Forster empatando o duelo em Varsóvia. Com o gol o jogo ficou mais pegado, e a inflamada torcida colocava cada vez mais pilha em sua equipe que passava a controlar a bola e ameaçar mesmo de forma tímida o gol escocês.

A virada veio aos 35 minutos quando o time da casa tomava conta do jogo. Radovic recebeu cruzamento da direita e mesmo caído, empurrou as redes virando o jogo e levando a torcida local ao delírio. A resposta quase veio na sequencia, Mathews cruzou para o meio da área e Mc Gregor chutou forte para boa defesa do goleiro polonês.

Antes do fim do primeiro, mas um problema para o Celtic, Ambrose cometeu falta na entrada da área e como se manifestava um chance clara de gol, o juiz não titubeou e expulsou o zagueiro nigeriano.
Expulsão de Ambrose sacramentou a derrota celta em Varsóvia (Foto: Sammy Turner/SNS).
Na segunda etapa com um homem a menos os Hoops recuaram e tentavam especular algum contra golpe ou bola parada. O Legia tomava conta da bola, mas também não conseguia mais envolver a marcação escocesa, bem mais postada. E em um raro lance criativo, o meia Duda recebeu dentro da área e em uma dividida sofreu pênalti de Mulgrew. Na cobrança, porém, o capitão Vrdoljac bateu mal para fora no canto esquerdo de Forster.

Após o penal, o tempo passava e o Legia tinha a bola, mas  encontrava dificuldades com as duas linhas de quatro bem postadas na frente da área do goleiro Forster. Ao Celtic restava jogar com inteligência, marcando forte e evitando desastre pior, por isso segurar a bola e deixar o tempo passar se tornou uma das estratégias escocesas no jogo.

A entrada do atacante Kosicki, porém, mudou o panorama da partida, na primeira jogada o avante passou por dois marcadores e finalizou travado pela marcação de Virgil. O Celtic, cansado, sentia o homem a menos e cedendo espaços viu o Legia aumentar a vantagem. Após cobrança de escanteio Radovic tirou Izaguirre para dançar e cruzou na área, o grandalhão Zird venceu Virgil por cima e de cabeça fez 3 a 1 Legia.

A vantagem poderia ter aumentando quando Kosicki foi derrubado na área novamente por Mulgrew, mas na cobrança de novo o volante Vrdoljac bateu mal perdendo a chance do quarto. Alguns minutos depois, porém, em nova jogada veloz o lateral Broz arrancou e virou muito bem o jogo para Kosicki que bateu na saída de Forster decretando o 4 a 1 na Polônia.

Grande derrota que pode ter sepultado as chances do Celtic de voltar a  fase de grupos da Champions e pior se cair nesta fase nem mesmo a Liga Europa o clube disputará. Ao Legia resta comemorar, depois de muitos anos a equipe está mais perto de voltar a fase de grupos da maior competição de futebol do mundo.

A partida de volta será na próxima quarta-feira na Escócia.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Dois dos três representantes escoceses garantem vaga na próxima fase da Liga Europa

Aberdeen e St.Jonhstone garantiram suas vagas, Motherwell parou no Stjarnan da Islândia

A Escócia segue viva com dois de seus três representantes na terceira fase pré-eliminar da Liga Europa. Nesta quinta-feira (24) os Reds bateram fora de casa o Groningen da Holanda, o St.Jonh em casa precisou dos pênaltis, mas superou o rival Lucerna da Suíça. O Motherwell, porém, perdeu na prorrogação para o islandês Stjarnan.

Em jogo na Holanda após o um zero a zero suado na Escócia, o Aberdeen mostrou sua força e se impôs perante o rival. Com gols de Rooney de pênalti e MCGinn após rebote no chute do atacante irlandês (autor do primeiro gol), a equipe vermelha fez 2 a 0 com 33 minutos de jogo.

Nem mesmo o gol de Kieftenbeld para o Groningen e toda pressão na segunda etapa, segurada com excelente atuação da zaga em especial do zagueiro Consedine, tirou a vaga do Aberdeen. O problema agora será o próximo rival, a boa equipe basca da Real Sociedad que apesar de ter perdido alguns bons jogadores segue forte e será parada dura para os Reds.

O St.Jonhstone atual campeão da Taça da Escócia sofreu ainda mais, após empatar fora de casa, a equipe começou bem o duelo desta tarde, abrindo o placar com o atacante Steve May aos 23 minutos. 

Com o gol a equipe da casa recuou chamando o rival que mesmo sem tantas oportunidades foi buscar o empate no minuto 60, Scheneuwly balançou as redes, igualando o confronto e levando o jogo para o pênaltis.

E nas penalidades brilhou a estrela do goleiro norte irlandês Mannus que pegou justamente o penal de Scheneuwly, o segundo da sequência, e definiu 5 a 4 nos pênaltis e St.Jonh na próxima fase da Liga Europa, o adversário será o Spartak Trnava da Eslováquia.
St.Jonh venceu nos pênaltis o suíço Lucerna e agora terá pela frente um rival eslovaco (Foto: SNS).

O único escocês eliminado foi mesmo o Motherwell. Após estar vencendo por dois a zero em casa o Stjarnan e ceder o empate no primeiro jogo, a equipe novamente empatou em 2 e 2, mas na prorrogação não resistiu e acabou sofrendo um gol que lhe desqualificou da Liga Europa. Com gols de Finsen, Toft e Jóhannsson para o Stjarnan, Hamell e Ainswort descontaram para o time mostarda.


O gol da desclassificação veio a seis minutos do fim do jogo e garantiu o time da Islândia na próxima fase, vingando a eliminação do Reykjavik para o Celtic na Champions. A equipe do Stjarnan inclusive está a frente do adversário do Celtic na tabela do "Islandesão" (apenas dois pontos do líder). Ao Motherwell resta agora focar o inicio da liga escocesa e as copas nacionais sonhando em voltar a Liga Europa na próxima temporada.
Literalmente nos minutos finais, Motherwell perdeu a chance de avançar na Liga Europa (Foto: SNS).

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Com facilidade Celtic bate rival islandês e está na próxima fase da Champions

Equipe escocesa apresentou um bom futebol e goleou o Reykjavík em Edinburg

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Celtic: Forster, Lustig, Ambrose, Van Dijk, Izaguirre (Matthews), Mulgrew, Johansen, Commons, MC Gregor, Griffithins (Kayal), Pukki (Henderson).
Téc: Ronny Deila

Reykjavik: Magnusson, Gunnarsson, Sigurdson, Hauksson, Jospesson, Balpi (Jónsson), Sigurdson, Saevarsson (Zato), Finbongasson, Martin, Atlason (Ormarsson).
Téc: R.Kristinsson

O confronto entre escoceses e islandeses definiu um classificado a terceira fase Pré- eliminar da Champions League. E após um jogo muito ruim na Islândia, o Celtic não decepcionou e venceu com propriedade e bom futebol, o time do Reykjavik no estádio Murrayfield em Edinburg pelo placar de 4 a 0, gols de Pukki e Van Dijk duas vezes cada.

Sem poder jogar em sua casa, devido a incidentes na temporada passada (em partida contra o Ajax) o Celtic atuou na casa da seleção escocesa e se deu bem. Com direito a rápidas trocas de passes e movimentação envolvente, o time não tardou em definir sua classificação. Por duas vezes, na bola parada, o zagueiro Van Dijk subiu mais que a marcação islandesa e definiu com menos de 20 minutos a vantagem de 2 a 0 para o Celtic (3 a 0 no placar agregado).

Não bastasse o bom inicio, a equipe se manteve em cima aproveitando as falhas defensivas do rival que acuado sofreu o terceiro em jogada rápida, Pukki recebeu em boas condições e finalizou com extrema categoria no canto do goleiro Magnusson. Assustado o time islandês tentou sair, mas esbarrava na sua própria limitação e na boa marcação pelos lados e dos volantes celtas (Mulgrew e Johansen).
At the double: Van Dijk strikes again to head in Celtic's second goal six minutes after the opener
Van Dijk marcou por duas vezes e deu tranquilidade a equipe celta (Foto: SNS)

Na segunda etapa o panorama seguiu o mesmo, o Celtic que tinha cerca de 70% de posse de bola, marcava com tranquilidade os poucos avanços do Reykjavik e assim tranquilo no jogo aumentou a vantagem. Aos 71 minutos, Pukki recebeu em velocidade tirou do goleiro, que saiu mal na entrada da área, da marcação do zagueiro e empurrou mesmo sem ângulo para o fundo das redes 4 a 0 Celtic.

Mesmo com a vantagem o time escocês seguiu retendo a bola no campo adversário e criando boas chances de gols, mas sem forçar tanto o jogo. O combalido rival ainda realizou algumas substituições para tentar segurar os donos da casa, mas sem sucesso. Aos 82 minutos, Lustig ainda cheio de fôlego, cruzou para o meia Kris Commons que bateu forte acertando a trave do goleiro Magnusson.

No mais foi administrar e garantir a classificação sem sustos, agora resta ao Celtic esperar seus rivais, ou Légia Varsóvia da Polônia ou St Patrick’s de Dublin na Irlanda. Independentemente do adversário a equipe de Glasgow seguirá como favorita ( e com boas chances) nesta missão de chegar a fase de grupos.
Green Brigade: Celtic's fans cheer their side on during the comprehensive win at Murrayfield
Torcida do Celtic que tirou o time de sua casa, devido a incidentes no ano passado, transformou o estádio nacional de Edinburg em um caldeirão celta (Foto: SNS).

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Clubes escoceses empatam seus jogos na segunda fase preliminar da Liga Europa


Trio da Escócia luta por vagas na 3° fase eliminatória, mas terá de melhorar seu desempenho para chegar até lá.


Aberdeen, St.Jonhstone e Motherwell são os três representantes da Escócia na segunda maior competição europeia, a Liga Europa. E na última quinta-feira (17) os três entraram em campo e apenas empataram suas partidas de ida pela segunda fase pré-eliminatória da competição.

Empate realmente positivo só mesmo o do St.Jonh que fora de casa diante do Lucerna, da Suíça, marcou um gol na casa do adversário com McElean abrindo o placar, o empate foi de Schneuwly, resultado positivo para o clube comandado pelo técnico norte-irlandês Tommy Wrigth.

A partida decisiva será em Perth na Escócia e o time da casa jogará por vitória simples ou empate sem gols. Em caso de resultado igual a partida será decidida nos pênaltis, empate com mais de um gol, dará a classificação aos suíços.

O Motherwell foi o time escocês com pior resultado. Vencia por 2 a 0 o Stjarnan da Islândia com apenas 19 minutos de jogo, mas sofreu o empate com um gol aos 35 minutos e outro nos acréscimos (aos 92 minutos) que definiu o péssimo placar ao time mostarda que terá de vencer fora de casa o surpreendente rival, ou então empatar por 3 x 3 ou 4 x 4.

O Aberdeen FC atual vice-campeão nacional também empatou em casa, frente ao Groningen da Holanda 0 a 0, e jogará pelo empate com gols ou vitória simples nos países baixos. Pawllet e Mc Ginn tiveram a oportunidade da vitória em seus pés, mas ambos em chutes de fora da área pararam no bom goleiro Padt.

Na segunda etapa a partida ficou mais equilibrada e Islamovic, na parte final do jogo, quase abriu o placar para os visitantes. Com o 0 a 0 mantido a definição fica aberta para o jogo em Groningen (estádio Euroborg) que definirá quem passa a terceira fase da Liga Europa.

As equipes voltam a campo na próxima quinta-feira (24) e neste dia serão definidos, todos os classificados a terceira fase da eliminatória. Para seguir sonhando com um posto na fase de grupos será necessário aos três times escoceses muita atenção e melhor desempenho.
Pela segunda fase preliminar da UEL, Aberdeen e Groningen empatam sem gols na Escócia
Aberdeen FC e Groningen ficaram no 0 a 0 no Pittodrie Stadium em Aberdeen (Foto: Reprodução/BBC/SNS).

terça-feira, 15 de julho de 2014

Celtic FC estreia com vitória magra na Champions League 2014/2015

Reykjavik (ISL): Magnunsson, Hauksson, Josepsson, Sigurdsson, Gunnarsson, Balpi (Zato), Atlasson (Ormasson), Saevarsson, Sigurdsson, Lorenzo, Finnbogason e Martin.
Téc: R.Kristinsson.

Celtic (ESC): Forster, Lustig, Ambrose, Van Dijk, Izaguirre, Mulgrew, Johansen, Griffiths (Boerrigter), Commons, McGregor e Stokes (Pukki).
Téc: R.Deila.

Após um sequência de dois empates e uma vitória na excursão pela Áustria, a equipe do Celtic estreou oficialmente na temporada 2014/2015 e logo no primeiro jogo, uma partida eliminatória que valia a vaga na segunda fase preliminar da Champions League. E mesmo após um mal primeiro tempo, os Hopps conquistaram uma importante vitória no estádio Völlur que coloca a equipe escocesa perto da classificação a próxima fase.

O jogo:
O Celtic começou bem a partida, logo no primeiro minuto de jogo, em bola lançada na área, Van Dijk cabeceou perigosamente por cima do gol islandês. Ao nove minutos, Commons recebeu de Johanssen e com categoria acertou o travessão do goleiro rival, assustando a pequena, mas barulhenta torcida do Reykjavik . 

Com o passar do tempo, porém, o jogo foi ficando truncado e recheado de erros de passes. O Celtic tinha a bola e chegava bem ao ataque (principalmente na direita,com as boas chegadas ofensivas do lateral Lustig), mas esbarrava, por vezes, na pouca inspiração de seu quarteto ofensivo.

Com o mal momento celta quem cresceu foi o rival que empurrado por sua torcida chegou por duas vezes com o atacante inglês Martin. Em uma delas ele mesmo finalizou fraco a gol, para defesa de Forster, em outra ajeitou a bola para o cruzamento da direita que se não fosse o lateral Lustig, teria parada na cabeça do meia Atlason. Assim, equilibrado, o jogo foi para o intervalo marcando zero a zero no placar.
Gol de McGregor (n°42) garantiu a vitória para o Celtic na Islândia (Foto: SNS).
Na segunda etapa, precisando ser mais ofensivo, o Celtic se lançou a frente, soltando os alas e volantes, acuando o frágil rival em seu campo defensivo. Em quinze minutos, foram quatro chances de gol, três somente com o atacante Commons que na melhor delas, após receber passe de Stokes, ficou de frente ao gol e de chapa mandou tranqüilo para os mãos do goleiro rival. A melhor chance do jogo, porém, foi mesmo de Griffiths, o atacante escocês recebeu na ponta direita tirou da marcação e bateu forte, a bola tocou no travessão e caiu na linha, sendo um grande susto à torcida local.

Não satisfeito com sua equipe, o técnico Deila sacou Stokes e Griffiths para entrada do holandês Boerrigter e do finlandês Pukki. E foi de Pukki, outra chance incrível perdida. Aos 77 minutos, após chute de Commons, o goleiro deu rebote e teve de dividir a bola com Boerrigter, e desta divida a bola sobrou para o atacante que em seu primeiro toque na bola, tirou da marcação e finalizou novamente na trave do goleiro Magnusson.

A partida se encaminhava para o seu final e o avante islandês Ragnarsson recebeu belo cruzamento na direta e livre, após falha de Ambrose, quase alcançou a bola, assustando a defesa dos Hoops. Logo depois, em jogada individual, o meia McGregor tirou da marcação e chutou, a bola desviou na defesa e matou o goleiro Magnusson, abrindo enfim o placar na Islândia, Celtic 1 a 0 no Reykjavik. 

Com a vitória o Celtic jogará pelo empate na partida decisiva em Celtic Park na próxima semana. Pelo menos o bom futebol da segunda etapa e a desculpa de inicio de temporada servem para animar o torcedor Hoop que sonha em voltar a fase de grupos da Champions e quem sabe fazer uma campanha mais digna do que ano anterior, quando foi saco de pancada no grupo de Barcelona, Milan e Ajax.


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Pré-visão tática: Argentina x Holanda


O confronto que definiu a Copa de 1978, vencida pela Argentina com grande apoio da ditadura militar do país, volta a acontecer nesta quarta-feira (9), na Arena São Paulo, pela semifinal da Copa 2014.

Na história foram oito jogos, quatro vitórias holandesas, três empates e uma vitória hermana, justamente esta, na final de 78. No último embate 0 a 0 pela fase de grupos na Copa da Alemanha em 2006.

Ao todo são quatro jogos em Copas com duas vitórias holandesas, um empate e uma vitória argentina:
Copa 1974: Holanda 4 x 0 Argentina
Copa 1978: Argentina 3 x 1 Holanda
Copa 1998: Holanda 2 x 1 Argentina
Copa 2006: Holanda 0 x 0 Argentina

Táticas:
A maneira de jogar holandesa, dependerá da provável escalação do volante De Jong e do zagueiro Vlaar. Com os dois, o esquema 3-4-3 será mantido com muito mais pegada do que no jogo contra a Costa Rica. Um 3-4-3 que apesar dos números não é nada defensivo, afinal conta com as saídas pelo lado e teve no jogo contra a Costa Rica, Sneijder de segundo volante.

O jogo de Val Gaal é pelos lados, abrindo com os alas as principais chegadas laranjas, Blind na esquerda e Kuyt na direita. Além disso o trio Sneidjer, Robben e Van Persie seguem sendo a referência técnica, jogadores de decisão que podem juntos colocar a Holanda na grande final. 

Se os dois pilares defensivos não jogarem (De Jong e Vlaar), Van Gaal pode retornar ao 4-2-3-1 apostando ainda mais nos meias atacantes Robben e Sneijder para encostarem no artilheiro Van Persie. Blind pode jogar de volante e dar lugar a Verhaeg e Janmaat nas laterais adiantando também Kuyt no meio ou sacando o mesmo, mantendo Depay na linha de meio.

O ponto fraco segue sendo o setor defensivo, como o próprio Gaal disse não é das mais confiáveis, apesar da boa Copa que fazem individualmente Indi e Vlaar, a zaga sofre sem a cobertura adequada dos volantes, cedendo espaço aos meias e atacantes rivais. Até por isso, jogar com De Jong seria fundamental na tentativa de parar Messi e Cia.
Van Gaal e De Vrij Coletiva Holanda (Foto: Marcos Ribolli)
O exótico treinador holandês, Van Gaal, realiza um excelente trabalho frente a sua seleção (Foto: Marco Ribolli)

As loucuras de Van Gaal, desde o esquema, até as trocas de goleiros nos últimos minutos da prorrogação, são vantagens para a seleção holandesa, que imprevisível chega a esta semifinal mais pronta e forte tática e mentalmente.

Na Argentina o esquema é o 4-4-2 e com o quase certo desfalque de Di Maria, Sabella deve ter Enzo Peréz que marca mais, perdendo assim as chegadas pelo lado direito, que vinham sendo armas da seleção hermana. Entre os volantes, Biglia enfim ganhou a vaga de Gago e fez uma boa partida defensivamente colaborando para melhor marcação junto a Mascherano que vem jogando muito neste mundial. Demichelis na zaga trouxe tranquilidade, experiência e melhora no jogo aéreo.

Na frente Messi e Higuaín são as grandes apostas do treinador Sabella para o jogo. Aguero deve ficar no banco e pode ser uma excelente opção para o segundo tempo ou quem sabe na prorrogação. Messi, aliás, que tem sido o grande diferencial argentino é motivo de preocupação para Van Gaal. Sem De Jong, ele pode jogar mais livre e achar espaços na frágil marcação holandesa. No mano a mano a zaga laranja mostrou que tem problemas.
Mario Kempes bola da Copa do Mundo 1978 (Foto: Getty Images)
Única vitória argentina sobre a Holanda aconteceu na Copa de 78, sob supervisão da ditadura militar do país (Foto:Getty Imagens)

Um jogo equilibrado sim, com duelos individuais, talentos decisivos e dois excelentes treinadores. Argentina e Holanda duelam nesta quarta-feira (9) valendo vaga a grande final. Enquanto isso a favorita Alemanha só espera seu rival para o duelo no Maraca.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pré- visão de jogo: Brasil x Alemanha

Na história foram 21 jogos, 12 vitórias brasileiras, cinco empates e apenas quatro vitórias alemãs. O Brasil soma 39 gols marcados contra 24 da rival. Nas Copas apenas um confronto, na final de 2002, onde Rivaldo, Ronaldo, Marcos e cia garantiram o último título mundial a seleção, na época também sobre o comando do técnico Luis Felipe Scolari.

Em casa, o Brasil nunca perdeu para a Alemanha, foram setes jogos, quatro vitórias e três empates. O resultado mais comum no confronto é o 2 x 1 para a seleção canarinha. No último duelo porém, 3 a 2 para o time de Joaquim Low, em amistoso na Arena Mercedes Bens em Stuttgart (ALE).

Jogos oficiais:
Copa do Mundo 2002: Brasil 2 x 0 Alemanha
Copa das Confederações 2005: Brasil 3 x 2 Alemanha
Copa das Confederações de 99: Brasil 4 x 0 Alemanha.
Mundialito de 80: Brasil 4 x 1 Alemanha.

Táticas:
A contusão de Neymar, sem dúvida, alterará toda a forma de jogar da Seleção Brasileira, Felipão ainda não deu pistas concretas, mas dever mexer na forma de sua equipe atuar. Se optar por Bernard ou William, Oscar voltará a ser o meia central e terá enfim a chance de jogar em sua melhor função, um meia que vem de trás levando a bola aos atacantes.

Com William a seleção ganha na criatividade e poder de recomposição, com Bernard ganha no jogo agudo e velocidade que pode fazer a diferença nas costas dos laterais alemães. Tanto Lanh quanto Höwedes que vem jogando na esquerda, sofreram com as jogadas laterais francesas. Apesar da clara melhoria na seleção com Lanh de lateral, o mesmo cedeu espaços para as investidas de Evra e Griezman em várias momentos do jogo, algo que o Brasil pode aproveitar.

Se optar por Ramires ou Hernanes ou mesmo manter Paulinho com a volta de Luis Gustavo, o treinador pode congestionar o meio campo e tentar se aproveitar das brechas defensivas deixadas pelos volantes alemães. Khedira, Schweinsteiger  e Kroos saem para o jogo e deixam alguns setores desguarnecidos. Com esta formação Hulk jogaria mais solto caindo pelos lados e encostando mais em Fred que precisa claramente de companhia. Além disso, Oscar teria enfim mais liberdade para chegar como um meia central, onde rende mais.

Na zaga saí Tiago Silva e entra o regular Dante, troca que não preocupa, afinal Dante vem de boa temporada e deve dar conta do recado. Para vencer o jogo será preciso, assim como contra Colômbia, se impor, trabalhar a bola e marcar pressão, mas não exagerar, afinal a parte física contará muito neste jogo e será um fator que o Brasil poderá tirar proveito (a Alemanha vem tendo problemas de adaptação ao clima, incluindo resfriados, além dos desgastes musculares normais de uma competição como a Copa).

Sem Neymar será fácil vencer a poderosa Alemanha? Não, mais Argélia, Gana e França mostraram algumas fragilidades dos rivais brasileiros, complicaram o jogo e poderia ter até vencido os alemães. Apesar da grande qualidade não existe time imbatível nesta Copa do Mundo.
Felipão Scolari na coletiva da seleção (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Sem Neymar, Felipão quebra a cabeça para encaixar o time frente a um duro rival (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Na Alemanha, o respeito à seleção local e a tranquilidade reinam. A equipe deveria a meu ver manter a escalação do último jogo, com Klose na frente, liberando Müller pelos lados, Lanh na lateral e Khedira no meio. Porém, como Low tem surpreendido não estranhe se Gotze ou Schurrer ganharem a vaga do veterano centroavante Klose, ou ainda se Metsacker voltar e Lanh retornar ao meio com Boateng na direita.

Sem Neymar as chances da seleção alemã crescem, mas a equipe terá jogar mais do que jogou até aqui para bater com tranquilidade o Brasil. Com o 4-3-3 que se transforma em 4-2-3-1 a equipe tem de melhorar a cobertura pelos lados e os espaços deixados por Kroos, Schweinsteiger e Khedira que apesar do talento e posse e bola, por vezes deixam lacunas que podem ser preenchidas por meias e volantes que vem de trás (foi assim com Pogba na última sexta-feira). Na defesa, as laterais, mesmo com a volta de Lanh, ainda não conseguiram barrar as penetrações rivais e podem ser bons caminhos para o Brasil.

Na frente, os meias de lado tem de aparecer, Gotze ou Schurrer se atuarem junto a Ozil ou Müller não podem deixar a criação apenas a cargo de Kroos, precisam se mexer mais e ocupar espaços que os laterais brasileiros deixarão. Na frente Klose prende a zaga rival e ainda tem excelente faro de gol, a Alemanha ganha ainda com a movimentação pelos lados do jovem Müller que mais livre jogou muito bem diante da França.

Um grande duelo que reunirá oito títulos mundiais, jogo gigante, uma semifinal como cara de final de Copa do Mundo. Na Copa das Copas, na Copa das surpresas muitos palpites surgem, mas somente quando a bola parar de rolar é que conheceremos o primeiro finalista da maior competição esportiva do mundo. Brasil ou Alemanha.

Joaquin Low com jogadores no treino Alemanha no Mineirão (Foto: AP)
Tranquilidade e foco são as palavras chaves da Alemanha para este duelo decisivo (Foto:AP).

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Pré-Visão de jogo: Quartas de final

Argentina x Bélgica
Messi e Di Maria são as grandes esperanças da Argentina para chegar as semifinais (Foto: Getty Imagens)
Em todo história, Argentina e Bélgica se enfrentaram por quatro vezes, com três vitórias hermanas, uma belga e nenhum empate. Os argentinos marcaram 10 gols e sofreram quatro. Em mundiais são dois confrontos, na fase de grupos em 82, vitória belga (1 a 0) e na semifinal da Copa do México em 86, vencida pela própria Argentina, vitória celeste por 2 a 0 com dois gols de Maradona.

Táticas:
Formatada no 4-4-2 clássico, a seleção argentina chega como favorita neste duelo, mas terá pela frente um duro rival que pode se aproveitar das falhas hermanas. Entre os volantes, a insistência com Gago impressiona, o atleta que atualmente joga no Boca Juniors tem a preferência de Sabella, mas vem jogando muito mal e não de hoje, desde que saiu da Roma não vem atuando em alto nível.

Na zaga Fernandéz e Garay não conseguem passar confiança à torcida que terá ainda de ver o lateral Basanta (do Monterrey) assumir a vaga de Rojo (que junto a Messi e Di Maria vinha se destacando nesta Copa). Com Basanta, a marcação em jogadas aéreas ganha, mas o atleta é lento e não tem a qualidade ofensiva de Rojo, o que pode complicar a Argentina se o jogo for para o lado esquerdo.

Alejandro Sabella apostará então no talento de sua seleção que do meio da para frente tem um verdadeiro esquadrão de bons atacantes e meias. A fase da maioria deles, porém, não é da melhores. Higuaín, o contundido Aguero e Palácio não jogam bem nesta Copa, Lavezzi alterna bons e maus momentos e Messi e Di Maria, estes sim tem decidido os jogos.

Para chegar a fase de semifinal será preciso jogar como ainda os argentinos não jogaram e o rival desta vez atacará, marcará pressão e tem muita qualidade para encarar de frente Messi e companhia, Sabella que se cuide.

Na Bélgica o esquema é o 4-1-4-1 que se transforma (com o recuo de Fellaini) em 4-2-3-1 em alguns momentos. A geração de ouro belga chega as quartas, a assim como a rival, sem ter mostrado o potencial que parecia ter antes da Copa, venceu seus jogos de forma amarrada e espera enfim realizar uma boa partida e bater os hermanos, vingando 1986.

As principais jogadas belgas saem pelos lados com Marteens na direita e Hazard na esquerda, na frente seja Origi ou Lukaku a presença de área é forte, alta e pode complicar a marcação dos contestados zagueiros argentinos. No meio a qualidade de passe e infiltração é enorme, Fellaini e Witsel participam muito do jogo ofensivo, o que as vezes sobrecarrega a marcação lá atrás.Na defesa as laterais pesadas com Vertoghen e Alderweireld cedem espaços as entradas rivais. Arma que a Argentina pode utilizar com Lavezzi e Di Maria, além de Messi que vem jogando mais centralizado.

Um jogo que promete ser equilibrado e garantirá a pelo menos um deles, a vaga a próxima fase da Copa do Mundo 2014. Argentina ou Bélgica façam suas apostas.

Holanda x Costa Rica
Costa Rica chega novamente como azarão nas quartas de finais da Copa 2014 (Foto: Robert Cianflone/Getty Imagens).
O duelo mais desnivelado das quartas de finais apresenta a seleção holandesa e a surpreendente Costa Rica que após passar pela fase de grupos, segurou a barra na prorrogação com um jogador a menos e bateu nos pênaltis a disciplinada Grécia. 

Na história deste duelo nenhum jogo foi registrado entre as duas seleções.

Táticas:
A Holanda vem atuando de duas formas nesta Copa, 4-3-3 ou 3-4-3. Com a contusão de De Jong homem da pegada no meio, a seleção laranja perde em pegada, mas ganha na saída de bola e movimentação com Blind. Sneijder, Robben e Van Persie se mexendo a frente são as grandes armas de Van Gall para chegar longe nesta competição.

Para este jogo, a equipe deve se cuidar em especial com as movimentações laterais da adversária. Em todos os jogos, a marcação holandesa afrouxou, cedendo espaços entre os volantes e o zagueiros. Com a volta de Bruno Indi, Vlaar e De Vries farão o trio defensivo, Blind e Wijnaldum são os volantes, Kuyt é o ala esquerdo, Verhaegh é o direito, Sniejder e Robben se mexem entre o meio e ataque, Van Persie é o centroavante.

A equipe busca muito o lançamento longo de trás para a velocidade dos avantes, quando Sneijder “entra” no jogo o time passe a também depender do seu camisa dez para chegar ao gol rival. Além disso, as jogadas de linha de fundo e bola parada são perigo. A Holanda tem uma seleção alta e que se aproveita bem da bola aérea.

Na Costa Rica, a aposta também é na marcação forte de seus três zagueiros e no trio ofensivo Campbell, Bryan Ruiz e Bolaños. Com o esquema 3-4-3 (que se transforma em 5-4-1 sem bola) a equipe ocupa bem os espaços do campo e evita a exposição de sua lenta defesa. O problema é quando a recomposição não acontece tão bem. No mano a mano a zaga é frágil, ao ponto que até os gregos levaram perigo ao gol costariquenho.

Os volantes Borges e Tejeda também são fundamentais para que a marcação costariquenha encaixe. Tejeda ajuda ainda na saída de bola. Navas também é peça fundamental, um dos melhores goleiros do último campeonato espanhol, ele vem salvando “Los Ticos”, assim como contra a Grécia.

Na frente Campbell é o principal jogador, se movimenta muito, finaliza bem e abre espaços para os pontas, como Ruiz, aparecerem como centroavantes. Bolaños e Ruíz são fundamentais, pois, se mexem e juntos aos laterais fazem a transição entre o 3-4-3 e o 5-4-1, levando a bola até Campbell.

Um jogo tático, mas com claro favorito, a Holanda. Porém, depois de bater com autoridade Uruguai e Itália e vencer a Grécia nos pênaltis, é bom não duvidar do poder de superação e de qualidade desta Costa Rica.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pré-Visão tática: Jogos da Copa 2014 (quartas de final)

Duelo equilibrado nos últimos anos, definirá um dos semifinalistas da Copa 2014 (Foto: Mike Segar/Reuters)
Colômbia x Brasil
Em toda história foram 25 jogos, 15 vitórias brasileiras, oito empates e apenas duas vitórias colombianas. A Colômbia porém, não perde no Brasil, para o país anfitrião da Copa desde de 2000 nas eliminatórias para o mundial de 2002, em jogo realizado no Morumbi, que contou com gol do zagueiro Roque Júnior nos acréscimos para definir a vitória canarinha.

Nos últimos quatro jogos, quatro empates, três vezes por 0 a 0 e no último confronto nos EUA, 1 a 1, gols de Neymar e Cuadrado que estarão em campo defendendo seus países. A Seleção Brasileira marcou ao todo 55 gols e sofreu apenas 11 na história deste duelo. Em Copas este confronto é inédito.

Táticas:
Sem Luiz Gustavo, o Brasil perde muito em marcação no meio e saída de bola, afinal Luiz conseguia fazer as duas funções muito bem nesta Copa. A saída mais apropriada seria adiantar David Luiz e trazer Dante ao lado de Tiago Silva, mantendo assim a pegada e posse de bola. Se optar por ter a bola no pé e uma marcação mais frouxa, Felipão poder ter Fernandinho com Paulinho. O problema é que com estes jogadores um tal de James Rodríguez pode e deve ter mais espaço e como artilheiro da Copa veste a camisa cafeteira é bom não bobear.

Na frente Neymar é fundamental, sua má atuação diante do Chile dificultou a vida brasileira que se mostra cada mais dependente de sua forte zaga e seu craque isolado. Oscar precisa entrar no jogo e não somente na marcação, mas na criação, talvez recuando mais buscando a bola no meio para acionar Fred, que como dito no texto anterior deve receber as bolas mais perto da área, seu “habitat natural”.

Hulk poderia, mas não acredito nisso, dar lugar a William, que mexe mais e pode ser uma opção para ocupar os lados de campo e dificultar as saídas de Armero e Zuñiga. Neste jogo perante a Colômbia, a chave será ganhar o meio campo e para isso o Brasil terá jogar neste setor, aquilo que não jogou nos últimos quatro jogos. Afinal diferentemente do Chile, o rival desta sexta-feira (4) tem mais pegada e força física e conta com um craque em fase inspirada (James Rodríguez) e um centroavante que marcou mais de 45 gols em duas temporadas de futebol português, Jackson Martínez.

Do lado colombiano um esquema ofensivo, mas equilibrado. A seleção cafeteira chega leve a este duelo, sem pressão, após fazer história chegando a fase de quartas de finais. Perder ou vencer o Brasil será uma honra ainda mais numa Copa aqui, no país do futebol.

Armada no 4-2-3-1 a equipe conta com uma dupla de volante segura (Aguilar e Sanchéz) que dão sustentação as descidas dos laterais Armero e Zuñiga e aos meias de lado que também ajudam na recomposição, Téo Guitiérrez ou Ibarbo e Cuadrado. Na frente Pekerman enfim deixou de teimosia de lado e aposta tudo na fome de gols de Jackson Martínez, atacante do Porto.

As principais jogadas ofensivas acontecem pelo lado direito e centro, com a dupla Cuadrado e James Rodríguez que infernizam as zagas rivais. Ibarbo ou Téo (que atuou diante do Uruguai na função) tem um posicionamento mais tático, porém, colaboram com a penetração na área rival, abrindo espaços para os homens que vem de trás.

O maior problema para a equipe é a marcação pela esquerda, Armero e Yepes tem dificuldades por aquele lado. Na direita Zapata compensa a fragilidade defensiva de Zuñiga, além da boa cobertura dos volantes. A pressão na saída de bola por parte do Brasil também pode funcionar, contra Costa do Marfim e Uruguai quando pressionada a Colômbia errou.

Time por time a Seleção Brasileira é melhor, o problema é que seus jogadores de frente, Hulk, Oscar, Fred e principalmente seus laterais ainda não jogaram neste Copa como jogaram a um ano atrás, na Copa das Confederações. Erros como contra o Chile, devem sepultar o sonho do hexa, mais que emoção é preciso jogar futebol e mostrar em campo como se ganha um Copa. E isto os brasileiros sabem muito bem como fazer.


Alemanha x França:
Em 86, alemães bateram os franceses por 2 a 0 e garantiram vaga na final (Foto: Arquivo das Copas).
Na história deste duelo, pequena vantagem francesa. Foram 11 vitórias dos “Les Blues”, seis empates e oito vitórias alemãs. No número de gols marcados porém, vantagem germânica  (42 gols contra 41 franceses). Em Copas este confronto aconteceu três vezes na fase mata-mata, sem vantagem para nenhum dos lados. Em 58, 6 a 3 para França na decisão do terceiro lugar, em 82 na semifinal 3 a 3 no tempo normal e vitória alemã nos pênaltis, em 86 nova vitória alemã na semi, mas deste vez nos 90 minutos, por 2 a 0.

O duelo que abre as disputas de quartas de finais é o também o tecnicamente mais esperado, reunindo duas seleções que jogaram um bom futebol até a este momento no mundial. A França sem dúvida foi uma grata surpresa, evoluiu muito, chegou a Copa renovada e sobre o comando de Didier Deschamps agradou nesta primeira fase. A Alemanha apesar da decepção diante dos africanos (jogou mal perante Gana e Argélia), tem tecnicamente a melhor equipe deste torneio.

Táticas:
Taticamente a França tem algumas variações, mas normalmente atua no 4-3-3 que se transforma num 4-4-2, em especial com a movimentação de Valbuena na direita que por alguns momentos se torna um meia. Os volantes tem função fundamental no jogo francês, Pogba, Cabaye e Matuidi em qualquer esquema são responsáveis pela saída de bola qualificada. Além disso, todos sabem chegar a frente e finalizar a gol.

Outra variação é a retirada de um volante para a entrada do meia esquerda Sishoko do Newcaslte, abrindo o time pelos lados contando com o valioso apoio dos laterais Debuchy e Evra. Na frente sem Ribey, o atacante de movimentação Griezmam vem fazendo a diferença, como fez diante da Nigéria. Neste setor podem jogar Griezmam ou Giroud ao lado do centroavante Benzema, com dois centroavantes, cabe a Benzema se mexer mais.

O ponto fraco desta seleção é zaga, nem Sakho nem Kolsceouny seguem o ritmo de qualidade do jovem zagueiro do Real Madrid Varane. Existem ainda espaços entre os volantes, em especial quando atua no esquema 4-4-2 com Sishoko e Valbuena pelos lados, Matuidi ou Pogba saem muito e cedem espaços as penetrações dos meio rivais.

Na Alemanha, o treinador Joaquim Low tem sido o maior inimigo de um bom rendimento de sua seleção. No esquema com quatro zagueiros (4-2-3-1), o lado esquerdo tem encontrado grande dificuldade na marcação, Höwedes é pesado e não vem dando conta dos rápidos meias e atacantes rivais. Com a contusão de Mustafi (que também não vinha bem), Lanh poderia ser o lateral, mas como Hummels voltará diante da França, Boateng deve ser fazer a função pela direita.

O grande problema de atuar com quatro zagueiros de ofício nas laterais é quem Low adianta os mesmos como laterais ofensivos e recua Kroos, Gotze e Ozil para fechar os lados, e nisso perde qualidade por duas vezes, uma por que os laterais não descem bem e outra por que os meias ficam muito recuados.

Ainda falando no meio campo, Lanh e Scheswteigner tem encontrado dificuldade com a marcação rival, Kroos atua centralizado, Gotze aberto na esquerda e Ozil na direita. Müller que atua como meia e atacante, vem jogando como centroavante, mas pode dar lugar a Klose a qualquer momento. Schurrer é outra boa opção para atuar aberto em ambos os lados.

O jogo agudo de Valbuena (na direita) e possivelmente Griezman (na esquerda) pode complicar a marcação alemã que contra a Argélia teve muitas dificuldades. A chave para o jogo da Alemanha será controlar estes espaços.

Independente do classificado, França e Alemanha se juntam a Brasil, Holanda e Argentina como os grandes favoritos a conquista do título. E quem sair deste confronto fará uma grande semifinal seja contra Brasil ou Colômbia.