sábado, 21 de dezembro de 2013

Depois da Alemanha, a Europa e o mundo

Bayern fecha ano de 2013 com chave de ouro, ao bater com tranquilidade os donos da casa na grande final

Bayern de Munique: Neuer, Rafinha, Dante, Boateng, Alaba, Lanh, Tiago Alcântara, Kröos (Martínez), Shaquiri (Götze), Ribery e Müller (Mandzukic).
Téc: Pep Guardiola.

Raja Casablanca: Askri, El Hachimi, Benlamallen, Oulhaj, Karrouchy, Guehi, Erraki, Chitbi (Mabide), Moutouali, Hafidi (Kachani) e Iajour (Soulaimani).
Téc: Faouzi Benzarti.

Por: Luis Henrique de Sá Perles

O confronto entre o gigante Bayern e a surpresa Raja Casablanca foi mais ou menos como se esperava. Um time favorito, marcando muito a frente e não dando espaço a zebra marroquina que passeou na última quarta-feira.

E em campo, um Bayern modificado (com Dante, Shaquiri e Müller no lugar de Van Buyten, Götze e Mandzukic) tratou logo de dominar o jogo contra os donos da casa apoiados por milhares de marroquinos e pelo rei Mohamed VI. Com três minutos Kröos bateu forte, mas no meio do gol para tranquila defesa de Askri. Porém aos sete minutos, em cobrança de escanteio ensaiada, Boateng desviou para Dante que ajeitou de esquerda e finalizou de direita para as redes marroquinas, 1 a 0 Bayern.

E quem conhece o estilo Guardiola sabe o que acontece com seus times a frente do placar. Troca de passes, tabelas e velocidade ainda mais intensas, encontrando espaços sobre a marcação do Raja. Assim aos nove minutos, Shaquiri rolou para Lanh que passou para Muller finalizar bem para nova defesa do bom goleiro Askri. Com 19 minutos a primeira boa chance do Raja, Iajour recebeu de Hachimi, arrancou e bateu cruzado para defesa de Neuer, que enfim teve de trabalhar.

E quando o time da casa parecia se soltar mais em campo, um duro golpe. Em contra ataque rápido, Tiago Alcântara tabelou com Alaba que fez linda jogada na área e devolveu para Tiago finalizar sem chances no canto esquerdo de Askri, 2 a 0 Bayern Munique.

A partir do segundo gol, os passes mais tranquilos e lentos tomaram conta do jogo, sem ação e muito preso ao posicionamento ofensivo do time alemão o Raja tentava em jogadas de lançamentos surpreender a zaga rival, mas nada que assustasse o goleiro Neuer. E sobre este panorama a partida seguiu e o Bayern levou uma excelente vantagem para os vestiários.
thiago alcantara dante bayern munique x raja casablanca (Foto: AFP)
Zagueiro brasileiro  Dante abriu o placar para tranquila vitória bávara em Marrakech (Foto: AP)
Na segunda etapa um jogo muito morno, com um Bayern controlando e até cedendo espaços para as jogadas do time marroquino que embalado pela torcida corria muito, tentando diminuir a vantagem do placar.

Aos 11 minutos, El Hachimi cruzou e Iajour de cabeça colocou Neuer para trabalhar. A resposta alemã veio com Saquiri que após receber cruzamento de Rafinha acertou de chapa a trave de Askri, assustando o goleiro marroquino. Que logo na sequência viu o meia Moutoauli chutar forte por cima alemão.

Com a excelente vantagem no placar a partida caiu muito, o Bayern controlava o jogo e sem grande esforço mantinha a boa vantagem sobre os rivais. Somente aos 38 minutos, uma chance verdadeira de gol, Dante saiu errado Mabide aproveitou e finalizou forte para linda defesa de Neuer, que ainda viu no rebote Moutoauli finalizar por cima do gol. Aos 44 minutos o Raja teve com Kachani uma última chance, para nova defesa de Neuer.


Final de jogo e vitória tranquila alemã, longe do bom futebol que equipe pode mostrar, mas com mais um troféu na bagagem para encerrar um ano mágico. Campeão alemão, da copa nacional, europeu, supercampeão europeu e agora campeão mundial. Alguém ainda dúvida que depois do domínio do Barcelona a nova ordem mundial no futebol vem de Munique?

No sufoco, Atlético Mineiro bate Guangzhou e evita vexame no Marrocos

Assim como Internacional em 2010, equipe mineira venceu seu rival asiático e garantiu a terceira colocação no Mundial Fifa.

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Atlético Mineiro: Victor, M.Rocha, Leonardo Silva, Revér, Lucas Cândido (Júnior Cesar), Pierre, Josué (Leandro Donizete), Ronaldinho Gaúcho, Fernandinho, Tardelli e Jô (Luan).
Téc: Cuca.

Guangzhou Evergrande: Li, Zhang, Xiaoting, Kim, Xiang Sun (Hao), Huang, Zheng (Zhao Xuri), Gao Ling, Conca, Muriqui e Elkesson (Feng).
Téc: Marcelo Lippi.

Após a derrota frente ao Raja Casablanca, restava ao Galo encarar a decisão do terceiro e quarto lugar contra o chinês Guangzhou. A partida marcou também uma prévia do encontro entre os dois treinadores das maiores equipes em termos de investimentos na China. Cuca que assumirá o Shandong Luneng e Marcelo Lippi que deve continuar sua missão asiática no Ghangzhou.

Querendo mostrar serviço, o Atlético saiu para o jogo e logo no primeiro minuto, Tardelli recebeu belo cruzamento de Marcos Rocha e de carrinho, no melhor estilo centroavante, abriu o placar, 1 a 0 Galo. O gol poderia tranquilizar a incomoda situação, mas quem apostou nisso errou. Aos oito minutos em bobeada incrível de Marcos Rocha e Leonardo Silva na direita, Elkesson roubou a bola, arrancou e chutou forte no travessão de Victor, no rebote sem marcação Muriqui empurrou as redes, 1 a 1.

O gol trouxe toda pressão ao time mineiro, que apático e sem a cobertura dos volantes Pierre e Josué no meio era envolvido por Conca e Cia. Com 10 minutos e na direita, Fernandinho arrancou tirou a defesa e bateu forte por cima do travessão de Li. Três minutos depois, o melhor jogador na atualidade da China, Lao Ling recebeu lançamento, dividiu com a defesa e foi derrubado por Lucas Cândido, pênalti que Conca cobrou e marcou 2 a 1 Guangzhou.

O pesadelo Raja parecia ainda assombrar e muito os atleticanos que nervosos erravam passes, perdiam bolas bobas e não conseguiam marcar Conca, Muriqui, Elkesson e Ling. Assim aos 18 minutos o lateral esquerdo Sun cruzou na área e Elkesson de cabeça acertou o travessão, mas o juiz para sorte do Galo tinha parado o jogo por impedimento. Aos 22, Conca cobrou falta com curva e Victor foi buscar com as pontas dos dedos, para salvar o que seria o terceiro gol do time chinês.

Sem inspiração e apático somente na bola parada o Atlético chegou. Com 37 minutos, Ronaldinho cobrou falta para boa defesa de Li. E aos 45 minutos, Jô recebeu na entrada da área e foi derrubado, falta que Ronaldinho Gaúcho cobrou com maestria, 2 a 2 no estádio em Marrakech e final de primeira etapa.
Ronaldinho Gaúcho jogo Atlético-MG contra Guangzhou Evergrande (Foto: Reuters)
Mesmo jogando mal, Galo supera Guangzhou e festeja terceira colocação no Mundial (Foto: Reuters)
Na volta de jogo a partida seguia a mesma, o Guangzhou era melhor e levava muito perigo ao gol de Victor. E com sete minutos, Elkesson chutou cruzado para mais uma boa defesa do goleiro atleticano. Ainda sem uma marcação encaixada, o Galo assistia a uma boa troca de passes do time chinês que com Muriqui recebendo de Conca e finalizando a gol colocou Victor para trabalhar novamente. Aos 12 minutos, Conca cobrou escanteio e Elkesson livre cabeceou na trave, era pressão total do Guangzhou.

Com sua equipe mal em campo acuada pelo limitado time chinês, Cuca sacou Jô e lançou Luan, adiantando Tardelli. Assim com mais velocidade e troca constante de posição, o Galo foi melhorando, adiantou a marcação e começou a ameaçar a defesa chinesa. No minuto 24, Luan arrancou na direita e cruzou na saída do goleiro Li, a bola sobrou na entrada da área para Ronaldinho Gaúcho que de ajeitou e mandou para o gol, mas o zagueiro Lee salvou antes que a bola chegasse às redes.

E era pela direta com Luan que o Galo chegava, aos 33 ele recebeu a bola, trocou passes com Tardelli e como um centroavante com um toque de letra tocou a bola que passou perto da trave direita de Li. Com 43 minutos, Ronaldinho que tinha acertado o marcador chinês com um tapa em jogada anterior, foi derrubado e pisado pelo volante Zhao, nervoso o meia respondeu com um chute e foi expulso, complicando o bom momento que vivia o Galo na partida.

E quando tudo parecia levar a decisão para os pênaltis, Leandro Donizete achou Tardelli na direita que apenas com um toque lançou Luan, que se aproveitando da marcação em linha do time chinês ganhou na velocidade e tocou na saída do goleiro Li, 3 a 2 Atlético e festa contida da delegação e torcida atleticana no estádio de Marrakech.

Final de jogo e vitória importante para o Galo que saí do Mundial com uma honrosa, mas dolorida terceira colocação e pior tendo que ficar no estádio para a premiação e ver a grande decisão, sonho dos jogadores, comissão técnica, torcedores e diretoria que agora terão de assistir Bayern e Raja na final do Mundial Fifa 2013.




sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Maringá Futebol Clube se prepara para o estadual

Campeão da divisão de acesso em 2013, equipe busca retomar tempos de glória do futebol maringaense

Por: Luis Henrique de Sá Perles

O representante maringaense na primeira divisão estadual, vem se preparando para a estreia na competição frente ao Coritiba, dia 19 de janeiro no estádio Willie Davids. A equipe comandada pelo treinador Claudemir Sturion, trabalha com 21 jogadores e ainda busca reforços.

Segundo o diretor de futebol do clube Paulo Regini, mais dois atletas devem chegar ao tricolor maringaense. Um lateral esquerdo e um meia de ligação devem encerrar as contratações da equipe que fará um amistoso oficial frente ao Operário de Ponta Grossa neste domingo, 22 de dezembro.

Com uma mescla de atletas que permaneceram da conquista do acesso e vários jogadores vindos do futebol catarinense, a equipe espera fazer uma competição honrosa e lutar por vaga na série D nacional, grande meta do clube na temporada. E para isto o Maringá Futebol Clube terá de ser o melhor time do interior, uma vez que apenas uma vaga para cada estado será liberada pela Confederação Brasileira de Futebol.

Os jogadores contratados até aqui são Rudimar, goleiro; Marcelo Felber e Fabiano zagueiros; o volante Serginho Paulista, o meia Max, além dos atacantes Felipe, Gabriel, Leandrinho e Pequi. Permanecem Ney e Ednaldo (goleiros), Baiano e Fernandinho (laterais); Marcelo Xavier, Juninho e Diego (zagueiros); Zé Leandro, Léo Maringá, Gilvan e Renan Tavares (meias), campeões da Divisão de Acesso que tiveram seus contratos renovados.

A diretoria anunciou também a rescisão de contrato de três jogadores na última semana, Paulinho Brasília atacante, Gerônimo lateral direito e Juninho Capixaba volante, que são representados pelo mesmo empresário dos jogadores Tiago Silva e Paulinho Oliveira ambos ex-Paraná Clube, que depois de acertarem verbalmente com o time maringaense foram direcionados a outra equipe. A diretoria não gostou da atitude do empresário e rompeu o contrato com os jogadores.

O clube também confirmou no último dia (11) o acordo com o Santa Rita Saúde, empresa de planos de saúde privada, que patrocinava o Galo Maringá. A parceria será realizada até o final do paranaense com possibilidades de ser estendida em caso de classificação a Série D nacional. O Santa Rita Saúde é uma empresa parceira do esporte maringaense, uma vez que apoia o ciclismo, natação, tênis e o atletismo da cidade canção.

Willie Davids
As reformas no setor coberto do estádio regional seguem a todo vapor. Tudo para que o local esteja apto a receber a grande estreia da equipe maringaense na competição estadual frente ao Coritiba, que provavelmente terá estádio lotado, independentemente da equipe da capital usar seus titulares ou não.




quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Raja joga melhor e bate Galo em Marrakech

Equipe marroquina surpreendeu o time de Cuca que terá que se contentar com a disputa do terceiro e quarto lugar

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Raja Casablanca: Askri, El Hachimi, Benlamallen, Oulhaj, Karruchi, Guehi, Erraki, Chitbi (Mabide), Hafidi (Kanda), Moutouali e Iajour (Coulibaly).
Téc: Faouzi Benzarti

Atlético Mineiro: Victor, Marcos Rocha (Luan), Revér, Leonardo Silva, Lucas Cândido (Alecsandro), Pierre, Josué (Leandro Donizete), Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Fernandinho e Jô.
Téc: Cuca.

Assim como no Mundial de 2000, justamente o último que o time marroquino disputou, uma equipe anfitriã chega a final do Mundial Interclubes Fifa. Com direito a uma bela exibição, a equipe do Raja Casablanca desbancou o favorito Atlético Mineiro que assim como o Internacional em 2010, decepciona seus milhões de torcedores no Brasil e no Marrocos.

No inicio da partida, o Galo até que pressionava a saída de bola marroquina, que assustada com a força do futebol brasileiro marcava atrás da linha da bola, respeitando muito o time de Ronaldinho e Cia. Porém chance boa mesmo de gol só depois dos 20 minutos, quando Fernandinho na esquerda cruzou e Jô desviou travado pela marcação viu a bola passar raspando na trave direita de Askri.

Nervoso e pouco efetivo, o Atlético só voltou atacar novamente com Fernandinho aos 32 minutos, ele recebeu e bateu cruzado levando perigo ao gol de Askri, mas a melhor chance do primeiro tempo foi do Raja. Karruchi escapou na esquerda nas costas de Marcos Rocha e cruzou para Moutouali livre bater de chapa para linda defesa de Victor. E no minuto 39, o mesmo Mouatoauli desta vez na esquerda nas costas de Lucas Cândido, apareceu livre e bateu cruzado pertinho da trave direita de Victor.

Ainda no primeiro tempo, Jô recebeu lindo passe do sumido Ronaldinho Gaúcho, mas bateu fraco para boa defesa de Askri. Final de primeiro tempo e a sensação era de superioridade em campo do time da casa, que empurrado por sua torcida e motivado por enfrentar Ronaldinho saíam de campo satisfeitos com a boa atuação.

Na segunda etapa, a confiança tomou conta do Raja, que mais ofensivo começou a incomodar o Galo, em especial pelos lados, sem coberturas do volantes do time mineiro (ambos muito mal no jogo de hoje), Moutoauli dominava o meio campo. E aos cinco minutos Hafidi em contra golpe enfiou linda bola para Iajour, o centroavante arrancou e finalizou no cantinho direito, vencendo Victor, 1 a 0 Raja.

O gol abateu de vez o Galo. Cuca sacou o lateral Marcos Rocha e lançou Luan, time pra cima pressionando o rival? Nada disso, na sequência aos sete minutos Moutouali rolou para Hafidi que impedido balançou as redes de Victor, mas o juiz anulou bem o lance. Tenso o Atlético começou a arriscar tudo, lançando bolas nas áreas para Jô e batendo de fora com Tardelli sem perigo ao gol de Askri. Só aos 18 minutos em falta na ponta esquerda, Ronaldinho cobrou com muita categoria no canto esquerdo de Askri  empatando o jogo, 1 a 1.
Raja de Hafidi superou o Atlético de Pierre e está na final do Mundial Interclubes (Foto: Reuters)

E quando tudo parecia se acertar para uma virada do Galo, o que se viu foi um Raja bem postado marcando forte e um Atlético se lançando cada vez mais ao ataque. Em uma dessas descidas, Luan não voltou, Iajour recebeu entrou em velocidade na área e foi derrubado por Revér, pênalti. E o capitão e craque do time Moutouali não desperdiçou, 2 a 1 Raja Casablanca e eram jogados 37 minutos de jogo.

O pesadelo Mazembe que assombrou o Inter em 2010 parecia mesmo se repetir, sem força e inspiração o Galo até que tentou, Cuca lançou Alecsandro na frente, Jô tentou de cabeça, mas o jogo era do time marroquino. Moutouali arrancou aos 48 minutos livre de marcação e bateu na saída de Victor, a bola explodiu no travessão e sobrou nos pés de Mabide, logo ele que tinha provocado Ronaldinho Gaúcho, gol do Raja 3 a 1, que sacramentou a dura eliminação do Galo.

E difícil admitir, mas o Raja foi superior técnica e taticamente ao time brasileiro, mostrou uma qualidade de passes certos, lançamentos e boa marcação de fazer inveja a muito clube tupiniquim. Ao contrário do Mazembe, não foi o menosprezo que elimina o Atlético, mas sim uma equipe inferior, que sabedora disso fez o seu melhor, teve competência e como prêmio fará uma final histórica frente ao gigante Bayern de Munique no sábado.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Bayern sofre no inicio, mas vence por 3 a 0 o frágil Guangzhou

Baváros superam campeão asiático e agora esperam rival para a grande decisão de sábado

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Bayern: Neüer, Rafinha, Boateng, Van Buyten, Alaba, Lanh, Tiago Alcântara, Kroos (Javi Martínez), Gotse, Ribery (Shaquiri) e Mandizukic (Pizarro).
Téc: Pepe Guardiola.

Guangzhou Evergrande: Zhen, Zhang, Xiating,Linpeng, Kim, Zhi, Xuri (Junyan), Bowen (Hao), Conca, Muriqui (Gao Lin) e Elkesson.
Téc: Marcelo Lippi.

Um duelo de gerações e estilos de jogo. De um lado Pepe Guardiola, multi campeão treinador espanhol conhecido pelo jogo bonito e vencedor de suas equipes. Do outro Marcelo Lippi, treinador vitorioso no retrancado futebol italiano, campeão do mundo por aquele país e agora campeão asiático com o Guangzhou.

E com estas características a bola rolou e como era de esperar o Bayern atacava, tocava a bola e via seu rival muito aplicado na marcação, fechando os espaços e buscando na velocidade de seus atacantes surpreender a lenta defesa alemã. Porém, chute a gol perigoso mesmo, só aos 16 minutos, quando Götze cruza na área e Tiago Alcântara ajeita no peito e bate na trave direita de Zeng Chen.

Quatro minutos depois e irritado com a boa marcação chinesa, Rybéry chutou forte por cima do gol sem tanto perigo e aos 24 minutos foi a vez de Kroos receber na entrada da área e fuzilar no travessão de Zeng, a bola bateu por fora da linha e não entrou. Mantendo a posse de bola em cerca de 70%, a equipe da Bavária enfim chegou ao seu gol, em jogada cheia de bate e rebate na área, a bola caiu logo nos pés de Ribéry e o motivado ponta francês não perdoou, contando com a clara ajuda do goleiro Zeng, 1 a 0 Bayern.

Com o gol a retranca asiática foi por água abaixo e a confiança também, em saída errada do lateral esquerdo, Tiago Alcântara roubou a bola e cruzou na área para Mandizukic com certa tranquilidade fazer o segundo do Bayern. Sem muito esforço e na base do toque de bola e marcação alta no campo rival, o Bayern de Munique aproveitou as fraquezas da aplicada marcação chinesa para sair com uma bela vantagem no placar.
Bayern do craque Götze, espera Galo ou Raja para a grande final do Mundial Interclubes 2013 (Foto:AP)

Na volta do intervalo, o Bayern estava cheio de apetite e com 1 minuto Götze recebeu na ponta direita e chutou com muita categoria e curva fora do alcance de Zeng, 3 a 0 . O gol desanimou de vez o time chinês, que tentava marcar, mas não via a cor da bola em meio as trocas de passes cada vez mais lentos e tranquilos do time alemão. Aos 14 de jogo ele de novo, Götze chutou forte para nova defesa de Zeng.

Ribéry antes de ser substituído pelo suíço Shaquiri ainda tocou para o craque alemão Götze que em chute cruzado colocou Zeng para trabalhar. E o goleiro chinês ainda viu Shaquiri bater da entrada da área sem perigo, Götze mais uma vez girar sobre a marcação e bater rente a trave direita e de novo ele, Götze o homem do jogo receber de Shaquiri e finalizar de carrinho no travessão do Guangzhou.

Final de jogo e vitória do time da Bavária que agora encara o vencedor do duelo entre Raja Casablanca e Atlético Mineiro, mas não a como negar, o time alemão é o grande favorito na final que será realizada no sábado (21) na cidade de Marrakech, sendo assim te cuida Galo.


Campeões pela América

Após anos de jejum, San Lorenzo (ARG), Danúbio (URU) e Leon (MEX) conquistam suas respectivas ligas nacionais

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Eles não eram favoritos e muito menos equipes consideradas fortes antes do inicio de suas competições, mas tiveram muita aplicação e competência para bater rivais com maior investimento e qualidade no papel. Assim depois de vários anos sem conquistas, San Lorenzo, Danúbio e Leon voltaram a figurar entre os grandes de suas ligas.

O San Lorenzo após seis longos anos, conquistou o campeonato argentino, através dos empates em 0 a 0 contra o Veléz e entre Newells e Lanús (2 a 2) na última rodada. Com a benção do Papa Francisco, torcedor fervoroso do time argentino, a equipe faturou seu 15° título entre aberturas, clausuras e agora torneios iniciais e finais.

A conquista veio sobre o comando do técnico Juan Antonio Pizzi, ex-jogador do Barcelona, River Plate, dentre outros clubes, que agora figura na lista de técnicos campeões nacionais. O San Lorenzo teve como maior mérito a aplicação tática e o conjunto de equipe, que contando com o bom goleiro Torrico ex-Godoy Cruz, o experiente zagueiro Cetto, o volante Ortigoza, o meia Romagnoli e o atacante Villalba, voltará a figurar em uma edição da Copa Libertadores, torneio que o clube ainda não venceu.
San Lorenzo conquista título argentino após seis anos (Foto:EFE)

O Danúbio terceiro grande do Uruguai, desde 2007 não fazia uma campanha digna de suas tradições, ultimamente servindo muito mais como barriga de aluguel para jogadores como Cavani e Stuani. A equipe em grave crise financeira, surpreendeu até mesmo os mais fanáticos torcedores ao superar os poderosos Nacional e Peñarol, além do também tradicional Defensor, antes favoritos no torneio.

Sobre o comando do jovem treinador Leonardo Ramos, teve como destaques na campanha o ex-goleiro da Roma, Goicoechea, o zagueiro brasileiro Jadson Viera (ex- River Plate- URU e Lanús -ARG) e o vice artilheiro da competição, atacante Líber Quinõnez (ex-Racing-URU). Com eles jogando o fino da bola, o clube alcançou após cinco temporadas a conquista de seu quarto título nacional.
No Uruguai, a festa foi do Danúbio campeão do abertura depois de cinco temporadas (Foto: http://mmdeportes.telediario.mx)

No México mais surpresas, após a primeira fase que qualificou os oito melhores clubes da liga para as quartas de final, o Leon patinho feio da competição atropelou. Eliminou Morélia, Santos Laguna e na final bateu o atual campeão e time base da seleção mexicana América Futebol Clube.

Sob o comando do treinador uruguaio Gustavo Matosas (ex- jogador campeão da Libertadores em 1993 pelo São Paulo e que também atuou no Goias e Atlético Paranaense no Brasil) e por dois atletas experientes o zagueiro Rafa Marquez ex-Barça e Bosseli atacante ex-Estudiantes em campo, a equipe surpreendeu o país ao conquistar a taça um ano depois de voltar da segunda divisão local.

O clube não vencia um campeonato mexicano desde 1992, sendo este o sétimo logro da equipe em competições nacionais de relevância. O Leon estará no caminho do Flamengo na Copa Libertadores 2014 em grupo que também contará com Bolívar (BOL) e Emelec (EQU).

Assim como a vida, o futebol dá muitas voltas e nesta temporada na Argentina, Uruguai e México torcedores desacreditados (se é que isto existe) e que há tempos não sorriam, podem agora passar um excelente final de ano.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Galo forte e vencedor

Clube Atlético Mineiro, chega ao mundial querendo fazer frente ao Bayern de Munique e conquistar o mundo

Campeão da Copa Libertadores 2013 e jogando um belo e competitivo futebol, o Clube Atlético Mineiro chega ao Mundial do Marrocos, repleto de confiança. Apesar de ter rivais fortes na competição, nada parece deter a valentia dos guerreiros do Galo, que depois de tanto anos sem uma conquista relevante, faturaram a competição mais importante do continente.

Com uma equipe fundamentada no toque de bola e posicionamento versátil de diversos atletas, em especial os meias. O Atlético tem em Ronaldinho Gaúcho sua estrela principal, porém em campo quem tem resolvido e desde a Libertadores é Diego Tardelli. Atacante que voltou do futebol do Catar e vem fazendo a melhor temporada de sua carreira, como ponta ou meia, Tardelli é hoje um dos melhores jogadores da América do Sul.

E no ano do futebol mineiro, o Atlético campeão da Libertadores, visa agora a conquista do Mundial Fifa 2013, mesmo que para isso seja necessário vencer o temido Bayern de Munique. Nada impossível, afinal em 2013, o Galo passou por situações tão improváveis que nada mais parece deter Cuca e cia.

 Como joga: Sempre postado no 4-2-3-1, o Galo aposta na velocidade e troca de posições dos três meias. Ronaldinho antes da contusão, Tardelli e Fernandinho ou Luan municiam Jô, centroavante da seleção brasileira que tem faro de gol e agora com a cabeça no lugar, parece ter encontrado enfim seu melhor futebol.

A equipe tem ainda as saídas fortes na direita com o lateral Marcos Rocha, além de uma defesa firme por cima e por baixo, que conta com Réver, Leonardo Silva e o excelente goleiro Victor, todos eles protegidos por Pierre e Leandro Donizete, este último que ainda auxilia na saída de bola mineira.

No banco a força do elenco do Atlético Mineiro fica comprovada, Alecsandro e Guilherme na frente, Émerson na defesa, Rosinei e Dátolo entre volantes, além do útil meia atacante Luan e o  jovem e veloz, garoto Leleu, são opções para Cuca.

O ponto fraco é o lado esquerdo da defesa, Júnior Cesár, Richarlysson e agora Lucas Cândido não conseguem desenvolver a parte ofensiva e defensiva como na direita, o que às vezes faz pender o Galo para apenas um lado. Outro ponto fraco do Atlético é lentidão do zagueiro Leonardo Silva que pode sofrer com a velocidade dos pontas e meias do Bayern em uma possível final.

Time base: Victor, Marcos Rocha, Revér, Leonardo Silva, Lucas Candido (Junior César), Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Fernandinho e Jô.
 Téc: Alex Stival (Cuca).




Em tese, o grande favorito ao título

Depois de conquistar a Champions League em grande estilo, o Bayern, agora comandado por Pep Guardiola, chega ao Marrocos para provar que time europeu dá sim valor ao Mundial de Clubes

Por: Bruno Secco

Que o Bayern de Munique é, atualmente, uma das grandes sensações do futebol mundial (se não for a maior), não é novidade alguma. O time alemão é impecável taticamente, com jogadores disciplinados e de extrema categoria, e que são hoje comandados por um dos maiores técnicos da história do futebol, nada mais, nada menos, que Pep Guardiola. Estes são alguns dos vários motivos que tornam o pentacampeão da UEFA Champions League o grande favorito para o título deste Mundial de 2013.

Depois de ser vice-campeão das três competições que disputou na temporada 2011/2012, o Bayern trouxe reforços para cada setor do time. Menos para o gol, pois Manuel Neuer, claro, é intocável. Para a zaga, um problema recorrente, trouxe Dante. Para o meio, trouxe Javi Martinez e Shaqiri. E para o ataque, o goleador Mario Mandzukic. Um time que já era forte, tornou-se praticamente impossível de ser batido. O resultado? O oposto que ocorreu na temporada anterior: o time, sob comando de Jupp Heynckes, foi campeão de tudo. Campeão disparado da Bundesliga, campeão da DFB-Pokal e campeão da Champions League, com destaque para as duas goleadas em cima do Barcelona, pelas semifinais da competição. Na final, venceu seu algoz da temporada anterior, Borussia Dortmund, por 2 a 1.

Agora, na temporada 2013/2014, o Bayern permanece firme com o status de o "time a ser batido". Claro, nenhum time no futebol é invencível, no máximo conseguem uma invencibilidade por um longo período, que é o caso do Bayern. E quem disse que o time campeão de tudo não precisa se reforçar? Além de Thiago Alcântara, Jan Kirchhoff e Mitchell Weiser, trouxe Mario Götze, do Dortmund, para compor seu elenco. E tem dado liga. O jovem meia tem atuado muito bem nos jogos que tem disputado pelo Gigante da Baviera.

Até sua estreia no Mundial, o Bayern perdeu na temporada apenas dois jogos, um contra o Borussia Dortmund (pela Supercopa alemã) e outro recentemente, para o Manchester City, pela última rodada da fase de grupos da Champions. Mesmo com as derrotas, se classificou em primeiro no seu grupo da competição continental e é, disparado, o líder da Bundesliga.

O time comandado por Guardiola chega ao Marrocos querendo mostrar para o mundo que o europeu se importa com esta competição. Relacionou para a mesma o que tem de melhor, excluindo o grande maestro do time, Bastian Schweinsteiger, e Arjen Robben, que se recuperam de lesão e têm previsão de retorno apenas para o próximo ano, desfalcando a equipe.

Guardiola já provou anteriormente que gosta desta competição. É bicampeão do Mundial de Clubes, conquistando o primeiro em 2009, ao bater o Estudiantes na final por 2 a 1, e o segundo em 2011, batendo o time do Santos por 4 a 0, sendo ambos os títulos pelo Barcelona, clube em que fez história.

Como joga: Depois da saída de Jupp Heynckes, que jogava no 4-2-3-1 (desde os tempos de Van Gaal), o time tem jogado grande parte dos jogos no 4-1-4-1. Guardiola tem usado Rafinha na lateral e Lahm de volante, já que Schweinsteiger passou boa parte do segundo semestre de 2013 lesionado. Mesmo com esta alteração no padrão tático, a equipe logo se encontrou e voltou a jogar de forma rápida, ofensiva, inteligente e com o diferencial: mais posse de bola, algo bem característico do estilo Guardiola.

Time base: Neuer, Alaba, Dante, Boateng, Rafinha. Lahm, Ribery, Kroos, Müller, Robben , Mandzukic. Técnico: Pep Guardiola.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Trio sul-americano coloca Guangzhou na semifinal

Muriqui, Elkesson e Conca foram os destaques da equipe chinesa, que enfrenta agora o Bayern na terça-feira

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Al Ahly: Ekramy, Fathi, Saad, Naguib, Kenawy, Ashour (Trezeguet), Rabia, Soliman, Said, Abo Trika (Da Silva) e Meteab (Hamdy).
Téc: Modamed Youssef.

Guangzhou: Zeng, Zhang,Feng, Kim, Sun (Xhuri), Gao (Hao),  Zhao,  Hunag, Conca, Muriqui e Elkesson.
Téc: Marcelo Lippi.

Na partida que reuniu os campeões continentais da África e da Ásia, o Guangzhou com uma bela colaboração sul-americana garantiu classificação a semifinal, ao vencer o Al Ahli pelo placar de 2 a 0. Agora a equipe comandada pelo técnico italiano Marcelo Lippi enfrenta o poderoso Bayern na mesma cidade do jogo deste sábado, Agadir no sul do Marrocos.

Em campo duas equipes com posturas táticas parecidas, mas apenas uma delas tomava a iniciativa do jogo, sob a batuta do meia Conca e a velocidade de Muriqui e Elkesson o time chinês era melhor. Logo aos 50 segundos de jogo em escanteio, Elkesson cabeceou desviando na rede pelo lado de fora e assustando o goleiro Ekramy. A resposta egípcia veio com uma falha grotesca do goleiro chinês Zeng, que saiu mal dando a bola nos pés de Meteab, que cruzou para Abo Trinka cabecear por cima do gol de Zeng.

Apesar do susto isolado, era o Guangzhou quem atacava mais. Aos 14 Elkesson recebeu de Huang, tirou da marcação e bateu rente a trave esquerda de Ekramy, levando a torcida chinesa ao delírio. Com o passar do tempo, a marcação forte no embolado meio campo (com cinco homens para cada lado) trancou mais o jogo, que teve a partir de então muitos erros de passes e luta, mas pouquíssimo futebol.

Somente aos 37 minutos, o Al Ahly chegou novamente, em passe do discreto Abo Trika, Said arriscou de longe sem tanto perigo ao gol de Zeng, que apenas acompanhou a bola. Assim travado e pouco técnico terminou o primeiro tempo no estádio de Agadir, 0 a 0.
Conca comemora, Guangzhou x Al Ahly (Foto: EFE)
Time chinês movido pelo talento sul-americano enfrentará Bayern na luta por uma vaga a final do Mundial Interclubes.( Foto:EFE)
Na volta da segunda etapa, saiu Abo Trika mal no jogo e entrou o atacante de Mauritânia Da Silva, o Al Ahly saiu do 4-2-3-1 para o 4-4-2 com dois homens mais enfiados na defesa chinesa. O time chinês por sua vez sem modificação de jogadores, adiantou Muriqui se armando também com duas linhas de quatro, tentando aproveitar a velocidade de Elkesson e Muriqui frente a lenta defesa egípcia.

E aos 3 minutos, a aposta de Marcelo Lippi deu certo, Muriqui recebeu na direita ganhou de Kenawi e finalizou na trave, a bola sobrou na área e Elkesson jogando como centroavante da equipe chinesa não desperdiçou, 1 a 0 Guangzhou. Três minutos depois, Conca lançou Muriqui que ganhou na velocidade da marcação e tocou mal no canto esquerdo de Ekramy, perdendo a chance de aumentar a vantagem chinesa.

Sem Abo Trika e errando muito passes, o Al Ahly tentava na bola longa superar a aplicada, mas frágil marcação asiática, apenas na bola parada aos 15 minutos com Said a equipe conseguiu finalizar com certo perigo ao gol e mesmo assim na rede pelo lado de fora. E com Muriqui em tarde inspirada, o Guangzhou não demorou para matar o duelo. Aos 21 de jogo, ele recebeu em velocidade, pela terceira vez ganhou da marcação e chutou para boa defesa de Ekramy, mas no rebote Conca de chapa colocou sua equipe com ainda mais vantagem no placar, 2 a 0 Guangzhou.

Depois do segundo gol, a partida ficou morna, o time chinês marcava atrás e via um rival combalido, sem criatividade e pouco efetivo à frente. Somente aos 33 minutos em novo chute de fora de área de Said que esbarrou no travessão de Zeng, a equipe africana chegou. No fim do jogo Conca ainda colocou Muriqui em boa posição, mas o brasileiro bateu travado pela marcação egípcia. Fim de partida e Guangzhou classificado merecidamente, apesar de suas claras limitações a equipe de Lippi pareceu ser bem mais preparada tecnicamente e taticamente do que o rival Al Ahly, agora que venha o temido Bayern de Munique de Guardiola e Cia.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Em baixa, Monterrey sonha com vôos mais altos

Após título continental equipe caiu de produção, mas mesmo assim chega ao mundial querendo incomodar o favorito Galo.

Por: João Vitor Poppi.

O Club de Fútbol Monterrey, localizado no nordeste do México, foi fundado em 1945 e pertence a FEMSA, maior empresa de bebidas do país. Os ''Rayados''não estão entre as torcidas mais numerosas do México, ocupando em pesquisas recentes, o oitavo lugar com percentual de 2,5% de torcedores. O ''Clássico Regiomontano'' ocorre quando o Monterrey duela contra o UANL Tigres, seu maior rival.

Seu primeiro título expressivo foi em 1986, consagrando-se campeão mexicano. O feito se repetiu por outras três vezes: 2003 (Clausura), 2009 e 2010 (Apertura), alavancando o clube para a oitava colocação entre os maiores campeões mexicanos. A Copa do México foi conquistada apenas uma vez, em 1992, pelo clube azul e branco.

Assim como nas competições nacionais, as conquistas internacionais só ganharam força no Estádio Tecnológico no século XXI. O maior feito do Monterrey é tricampeonato da Liga dos Campeões da CONCACAF 2010/11, 2011/12 e 2012/13, que deu ao clube a vaga em três edições de Mundiais de Clubes da FIFA. A melhor campanha aconteceu no Mundial de 2012, no Japão, onde venceu o Al-Ahly e ficou com a terceira colocação.

Em 2013, no Marrocos, o clube mexicano não chega superestimado como nos anos anteriores. O motivo, apesar de sagrar-se campeão da CONCACAF, é a fraca campanha pós-título continental do time, que não encheu os olhos do torcedor - ultimamente acostumado as boas campanhas dos ''Rayados''.

No Apertura 2013, torneio em que todos jogam contra todos de forma única e os oito primeiros se classificam para o mata-mata, o Monterrey encerrou sua participação no 11o lugar, com apenas 39,22% de aproveitamento. Na Copa MX, o time conseguiu avançar até a semifinal, mas foi eliminado pelo Monarcas Morélia por um impiedoso 3x0, mesmo atuando em seu estádio.

A perda de importantes jogadores no segundo semestre e a falta de reposição à altura, também, é um fator que dificultará a caminhada do Monterrey no Mundial. O zagueiro Hector Morales foi para o Atlante; o equatoriano W. Ayoví, que atua como lateral esquerdo e meia, transferiu-se para o Pachuca, já o jovem meia Corona foi vendido para o Twente; o ataque foi o setor que sofreu uma grande e inesperada perda: Pabón foi vendido para o Valência por 7,5 de euros, após ter disputado apenas sete partidas e anotado cinco gols.

Apesar do momento ser desfavorável, o clube mexicano espera pelo menos conseguir chegar na semifinal da competição e duelar contra o Atlético Mineiro, mas para isso precisará vencer o anfitrião Raja Casablanca.

Como joga: O time treinado por José Cruz atua no 4-1-4-1, variando o esquema tático a todo momento durante as partidas, além disso, o técnico implanta praticamente um sistema de rotação no time, variando as escalações conforme os adversários. Os extremos ofensivos buscam bastante a linha de fundo, formando um 4-3-3, com um losango no meio. Em alguns momentos dos jogos, Lucas Silva desfaz a trinca do meio adiantando-se para jogar centralizado entre dois pontas, configurando o 4-2-3-1. A grande esperança dos ''Rayados'' é o artilheiro chileno Suazo, que soma 10 gols em 17 jogos na temporada 2013/14.

Com jogadores como César Delgado e Neri Cardozo, preza-se muito pelo toque de bola e por tirar o espaço do adversário na saída de bola. Defensivamente o Monterrey não inspira muita confiança, falhando na marcação pelos lados, onde existe espaço entre as duas linhas e a cobertura dos volantes/meias que não são seguras. Por isso não é de se espantar, se o time mexicano em um hipotético jogo contra o Atlético-MG, ou até se vier sofrer pressão do time marroquino, jogue no contra ataque, buscando a bola longa para os meias abertos pelos lados em seu desenho tático inicial.

Time base: Orozco (Ibarra); Basanta, Leobardo López, Meza e Juárez; R. Osório, Zavala e Lucas Silva; Neri Cardozo (Delgado), Madrigal (Arellano) e Suazo.

Téc: José Cruz.

Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Milionário Guangzhou Evergrande quer fazer história no Marrocos

Investimento milionário faz de clube da China a mais nova força do futebol asiático, que sonha agora surpreender o mundo

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Tradicional clube chinês fundado em 1954, o Guangzhou  disputará pela primeira vez uma competição fora do continente asiático. A equipe é comandada pelo técnico italiano Marcelo Lippi (campeão do mundo em 2006 com a Itália) vem querendo fazer história neste Mundial Fifa 2013.

Para quem sabe, ser o Mazembe da vez. O clube estreará na competição frente ao experiente Al Ahly, que participa de seu quarto mundial interclubes. E o Guangzhou  vem para a disputa com uma equipe quase toda formada por chineses, mas que tem nos estrangeiros além de Conca (craque, ídolo e capitão do time, que irá se despedir do Guangzhou  na competição), Muriqui e o atacante brasileiro Elkesson suas principais peças de qualidade.

Se vencer a semifinal diante dos egípcios, a equipe chinesa enfrentará o temido Bayer de Munique. E o que poderia ser um pesadelo para a maioria dos clubes do mundo, será um grande prazer para os jogadores do time, que poderão enfrentar Rybery e cia em uma competição oficial como o Mundial da Fifa. Um belo passo para um futebol recentemente profissionalizado, que promete se tornar uma força asiática.

Como joga: A equipe atua no 4-2-3-1 no estilo europeu, Marcelo Lippi centraliza Conca, abre Elkesson na esquerda, Bowen na direita e na frente aposta no ágil Muriqui, que se movimenta muito confundindo a marcação rival, abrindo também espaço para as chegadas dos meias e volantes como o chinês bom de bola, Zhao Xuri.

O ponto fraco é a defesa, toda formada por jogadores asiáticos (quatro chineses e um coreano), Marcelo Lippi tem tido trabalho para formar uma defesa sólida, parecida como tinha nos tempos de azurra. A equipe é acostumada a fazer e tomar muitos gols, muito pela inocência e fragilidade defensiva imposta por seus zagueiros.

Time base: Cheng, Xiaoting, Xiang, Young Kim, Linpeng, Zheng Zhi, Zhao Xuri, Conca, Elkesson, Huang Bowen e Muriqui.

Téc: Marcelo Lippi.

Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Mais que um clube, uma ideologia

Al Ahly chega ao Mundial Fifa 2013 no Marrocos, movido por lembranças do massacre de seus torcedores em 2012 e mais protestos contra a ditadura em seu país

Por: Luis Henrique de Sá Perles

A tragédia ocorrida no ano de 2012, em uma partida do campeonato local, onde mais de 72 torcedores do Al Ahly foram assassinados em confronto com a polícia e a torcida visitante, ainda cicatriza no maior clube de futebol egípcio.

Na final da Copa dos Campeões da África 2013, os mais de 70 mil fãs do clube vermelho e branco presentes no estádio entoaram cânticos de homenagens às vítimas e voltaram a protestar contra o atual ditador Adly Masour. E sobre este pesado clima político, a equipe chega ao seu quarto Mundial Interclubes da Fifa, sem nunca ter passado das semifinais.

No ano anterior, o clube deu muito trabalho ao campeão mundial Corinthians, assim como tinha feito em 2006 contra o Internacional de Alexandre Pato e Fernandão. E pelo menos repetir as campanhas passadas é o desejo dos atletas e diretores do time mais popular do Egito.

Baseado no toque de bola qualificado, mas lento, trazido pelo craque Abo Trika, a equipe tentará mais uma vez honrar sua tradição, como a grande força do continente africano. Ao todo são oito conquistas continentais, seis somente na última década. Apostando nas defesas do bom goleiro Ekramy, na liderança do xerifão da equipe Gomma e claro no talento sempre latente do meia Abo Trika.

Como joga: Comandado pelo treinador Mohamed Youseef a equipe atua quase sempre no 4-2-3-1, apostando suas fichas em seu meio de campo, que tem Abo Trika centralizado e mais dois meias de lado de campo (que jogam bem abertos). Assim o treinador conta com a criação e gols do craque e líder egípcio para resolver os jogos de seu time; Sem ele o Ah Ahly joga no 4-4-2 com Meteab e Zaher mais enfiados na área.

O maior problema da equipe vermelha e branca do Egito é mesmo a defesa. Apesar do bom lateral Fathi na direita, o clube tem muita fragilidade no miolo de zaga, onde o líder Gomma  e seu companheiro Moawad (ambos veteranos e lentos) não conseguem passar grande confiança ao excelente goleiro Ekramy, que sempre tem trabalho dobrado, devido às falhas dos companheiros.

Times base: Ekramy, Fathi, Gomma, Moawad, Fadil, Ashour, Nagib, El Said, Soliman, Abo Trika e Zaher.
Téc: Mohamed Youssef.




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Com boa atuação, Raja Casablanca supera Auckland City e se garante nas quartas

Raja Casablanca: Askri, El Hachimi, Oulhaj, Belmaalen, Raki, Hafidi (Rahmani), Chitibi (Kanda), Karrouchy, Moutouali e Iajour (Mabide).
Téc: Fazir Benzarti

Auckland City: Willians, Irving (Pritichet), Vicelich, Bilen, Iwata, Berlanga, Bale, Krishna, Cristobal, Koprovic (Browne) e Dickison (Tade).
Téc: Ramon Tribulietx

A torcida local desde o inicio do jogo fazia uma bela festa na cidade de Agadir. E apoiado pela massa, a equipe local mais técnica e veloz, partiu para cima do Auckland City. Logo aos seis, o capitão e meia habilidoso Moutouali cruzou, a zaga neozelandesa falhou e Karrouchy de primeira mandou pra fora. Aos 11 minutos nova chegada verde e branca, Erraki recebeu após cobranças de falta e bateu forte sem grande perigo ao gol de Willians.

Contando com uma saída de jogo lenta, a equipe do Auckland não conseguiu criar muito perigo, sendo assim era cada vez mais acuada pelo time de casa, que aos 21 de jogo, teve boa chance nos pés de Iajour que recebeu de Moutouali e bateu cruzado para boa defesa com os pés do goleiro Willians. E o bom goleiro neozelandês trabalhou novamente em novo chute longe de Chitbi no minuto 37.

O gol da equipe da casa era questão de tempo e não tardou mais. Ao 39 minutos, Iajour novamente aproveitou a zaga em linha do rival, recebeu lindo passe de primeira de Karrouchy, ganhou na velocidade de Vicelich e fuzilou cruzado para as redes do Aucklad City, 1 a 0 Raja Casablanca. E assim terminou o primeiro tempo, com domínio total  é vitória da equipe marroquina se aproveitando da lentidão e fragilidade do adversário.
Na segunda etapa, o panorama parecia o mesmo, o Raja atacando pelos lados com a duplas de meias, Karrouchy e Moutouali e boa movimentação do centroavante Iajour e o Auckland com seus claros problemas técnicos, mostrando realmente ser uma equipe muito limitada.

Com seis minutos do segundo tempo, Moutouali arrancou na direita, tirou de Vicelich e bateu forte no travessão, assustando o goleiro Wilians. Porém a resposta veio na bola parada, Bale recebeu livre após bobeada da zaga marroquina e finalizou rente a trave, desta vez para o susto do goleiro Askri. E aos 18 minutos em contra golpe, Krishna arrancou, escapou da marcação adiantando a bola, porém, a zaga do Raja bateu cabeça literalmente e a bola sobrou para o meia do Auckland que na cara do goleiro Askri chutou a gol, empatando o jogo, 1 a 1.

Com o empate o que era festa durante quase todo jogo se tornou apreensão, a equipe da casa sentiu, a torcida também e o Auckland City bem postado defensivamente se aproveitava, tendo até chance para o contra golpe, mas com pouca efetividade. O tempo passou e quando tudo parecia levar o jogo a prorrogação, o meia Karrouchy recebeu livre na esquerda, cruzou na área para o zagueiro Oulhaj que cabeceou para boa defesa de Willians, mas no rebote Hafidi de chapa garantiu a classificação marroquina. 2 á 1 Raja aos 47 minutos e festa da fanática e apreensiva torcida local.

Apesar do placar apertado, a exibição durante os noventa minutos foi promissora e com o apoio da torcida e a boa qualidade de passes e jogadas pelos lados do campo, o Raja mostrou que Monterrey e possivelmente Atlético Mineiro, terão trabalho para superar a equipe da casa.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Forte somente em seu continente

Atual tetracampeão da Oceania, clube neozelandês disputará seu quarto mundial na história sem grande evolução

Há quatro edições, o Mundial Interclubes da Fifa seja onde ele for disputado, tem a ilustre presença do Auckland City (NZL). Grande força do amador futebol da Oceania, a equipe tem como sua melhor colocação o quinto lugar conquistado no Mundial de 2009, nos Emirados Árabes Unidos, quando bateu o dono da casa, Al Ahli.

Fundando em 2004 e com uma equipe semiprofissional, o elenco vem reformulado para esta edição do Mundial Interclubes. Com a saída de alguns atletas mais veteranos e a chegada de outros reforços, o clube espera ao menos repetir o feito de 2009 e quem sabe estragar a festa de mais um dono da casa. Desta vez o Raja Casablanca, atual campeão da liga marroquina de futebol.

A estreia da equipe azul e branca acontecerá no dia 11 de dezembro e provavelmente o estádio local estará cheio de torcedores apaixonados pelo Casablanca, time de maior torcida do país sede. Mais um duro desafio para o clube representante da Oceania, que apesar de sua experiência em mundiais não tem demonstrado força em territórios estrangeiros.

Como joga: Sobre o comando do espanhol Ramom Tribulietx há três temporadas, a equipe lidera o campeonato neozelandês de futebol e aposta no jogo aéreo para “surpreender” os rivais na competição intercontinental. Com Emiliano Tade e Koprovic na frente, além do veteraníssimo zagueiro Vicelich, capitão do time e ex- seleção Nova Zelândia, a equipe se apoia no chuveirinho e na forte marcação para vencer seus jogos no esquema 4-4-2 em linhas. Em alguns jogos, saí Tade e entre De Vries mudando o esquema para o 4-5-1.

Com um toque de bola por vezes intenso, mas sem tanta criatividade, o time padece de jogadores mais habilidosos, e sendo assim aposta no velho estilo inglês, bola na aérea e vamos pro jogo. A qualidade técnica, porém, é maior ponto fraco da equipe, que apesar do esforço de seus atletas, não consegue fazer frente aos rivais de maior qualidade na competição.

Time base: Willians, Bilen, Vicelich, Irving, Pritichet, Iwata, Koprovic, Cristobal Crespo, Cris Bale, De Vries (Tade) e Dickinson.
Téc: Ramon Tribulietx.



Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Anfitrião indigesto

Um dos maiores clube do Marrocos, Raja conta com apoio de sua fanática torcida para surpreender no Mundial Fifa 2013

Maior campeão marroquino e time de maior torcida no país, o Raja Casablanca chega querendo fazer história nesta edição do Mundial Interclubes. Jogando em casa, com o apoio de sua fanática torcida o clube sonha disputar a semifinal da competição contra o Atlético Mineiro, mas para isso terá de passar antes por Auckland City e Monterrey.

Esta será a segunda participação da equipe marroquina em mundiais Fifa, na primeira realizada no Brasil, o clube chegou como campeão da Copa dos Campeões da África. E terminou na sétima colocação, ficando na lanterna do grupo A, que continha Real Madrid, Corinthians e Al Nasser da Arábia Saudita.

Três vezes campeão Africano, 11 vezes campeão nacional e seis vezes da Copa do Marrocos, a equipe tentará seguir o exemplo do Kashiwa Reysol em 2011, que como anfitrião do evento chegou até as semifinais e enfrentou um alvinegro brasileiro, dando muito trabalho a equipe do Santos.

O que é certo mesmo, é que com a paixão da maior torcida do Marrocos pelo clube, este provavelmente será o Mundial Fifa de menor campo neutro da história, desde 2000. Pelo menos antes do inicio da competição, a torcida local pretende transformar os estádios em verdadeiros caldeirões verde e branco.

Como joga: O esquema de jogo do Casablanca é o 4-4-2 em linha. Com duas linhas de quatro bem postadas a equipe joga buscando diminuir o espaço de campo do rival, marcando forte, com uma defesa bem compacta.

O maior problema é na parte ofensiva, sem grandes meias criativos e com um ataque pouco qualificado, a equipe marcou apenas nove gols em onze jogos na atual temporada, estando na oitava colocação do embolado campeonato marroquino, quatro pontos atrás do líder, MAT Tétouan.

Time base: Askri, El Hachimi, Oulhaj, Karrouchy, Benlamaalen, Guehi, Chitib, Mabide(Erraki), Moutaoali, Hafidi (Diné) e Iajour.

Téc: Faouzi Benzarti




domingo, 8 de dezembro de 2013

Mundial Fifa 2013

Torcida do Raja Casablanca, promove diversos espetáculos nos jogos do clube.



E a torcida mais fanática do futebol marroquino, promete transformar os estádios no país em grandes caldeirões. Mais uma dificuldade para o Galo, que pode confrontar-se com a equipe na semifinal.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Mundial Fifa 2013

Aguardem, a melhor cobertura do Mundial Fifa 2013, você terá aqui no blog Arquibancada Tática!
Tudo sobre as equipes, jogos e a expectativa da participação do Galo na competição mais importante de clubes do planeta!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Bom Senso que assusta

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Foram décadas de opressão, domínio total de uma instituição sobre o futebol brasileiro, mas enfim, após anos, a união dos atletas de futebol no Brasil parece assustar a poderosa CBF.

O gestos espalhados por todo país na 34° rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, marcaram o que parece ser o inicio de uma nova era do esporte bretão no Brasil. Jogadores e clubes unidos por um ideal, um futebol melhor, que agora com a adesão dos torcedores, deve enfim acuar os mandachuvas do futebol nacional.

Um calendário mais digno, com maior tempo de preparação na pré-temporada e diminuir o acúmulo de jogos nas semanas, são lutas justas que se vencidas, com certeza colaboraram para um futebol melhor para todos.

Não a toa, clubes que fizeram pré temporadas maiores foram campeões das competições mais importantes do futebol nacional e internacional. Cruzeiro e Atlético Mineiro, que começaram as disputas do mineiro apenas em fevereiro, três semanas depois do Paulistão e do Paranaense por exemplo, venceram o Brasileiro e a Libertadores respectivamente.

O Atlético Paranaense, que ficou quatro meses em pré temporada, jogou competições na Europa e disputou o estadual com seu time B, sendo ainda vice-campeão, chega voando a reta final de Campeonato Brasileiro e a final da Copa do Brasil, frente ao Flamengo.

A necessidade de um planejamento, bom elenco e acerto nas contratações é enorme, porém, o tempo de preparo para o inicio da temporada, também pode ganhar jogos, ainda mais em futebol tão físico e nivelado como em  nosso país. Além do que diversas lesões e desgastes poderiam ser evitados, principalmente com uma pré temporada adequada.

Tomara mesmo, amantes do futebol, que a classe dos jogadores continuem estes movimentos, afinal sem eles em campo, as verdadeiras estrelas do espetáculo, não haverá jogo e sem futebol, as víboras da CBF, que tanto parecem odiá-lo, não terão mais o que sugar.

Assustados eles agora tentarão medidas para punir os atletas, com cartões amarelos e ameaças, prova fiel de que realmente, o bom senso de alguns assusta e muito os poderosos.
Jogadores de todo país, fizeram protestos para um futebol melhor na 34° rodada do Brasileirão 2013 (Foto: Goal.com)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Demissão de Dorival ajudará o Vasco?

A equipe vascaína desde o inicio de temporada está fadada ao fracasso, mal futebol, má gestão, problemas financeiros atuais e heranças antigas deixadas pelo fantasma da democracia, Eurico Miranda.

E na segunda-feira, um dia após uma derrota (frente a Ponte de virada) que pode ter sacramentado o rebaixamento da equipe vascaína, a diretoria "tão competente" sob o comando de Roberto Dinamite demitiu Dorival Júnior.

Foram 29 jogos e uma campanha ruim, mas se pegarmos o ano vascaíno, não será muito diferente dos números de aproveitamento de Gaúcho e de Autuori que estiveram menos tempo a frente do limitado time cruzmaltino.

A demissão de Dorival soa também como um último ato de desespero, aquele suspiro final de uma grande equipe rumo a Série B. Adílson Batista chega para ser o salvar o Vasco, mas seus últimos trabalhos no Santos, São Paulo, Atlético PR, Corinthians e Atlético GO, não são bons. Ele vem como o salvador da pátria, mas terá uma missão tão dura, quanto este rótulo que carregará.

O time é ruim.Taticamente o Vasco executa bem suas funções em campo, marca o rival em seu campo, tem boas passagens ofensivas, com os meias de lado de campo e os volantes. O problema é a qualidade técnica dos jogadores da equipe. A famosa última bola, o passe final e a competência de seus homens de frente, aliados a uma defesa lenta e sofrível formada por Jomar e Cris, que desde que chegou colaborou para algumas derrotas vascaínas. Soma-se a isto a falta de um goleiro competente e os problemas de salário, e forma-se um time desesperado, fadado ao descenso.

Saí um treinador que gosta do jogo ofensivo e mesmo sem tanto material humano, tentou fazer do Vasco um time mais corajoso. Vide o jogo frente a Ponte, onde na maior parte do tempo eram seis, sete homens no campo de ataque ponte-pretano, mas aí entra o grande X da questão, falta de qualidade.

Reginaldo, Yotún, Wendel, Nei e o ainda muito tímido e jovem Thales, não conseguiram dar continuidades a jogadas, que quando boas, passavam pelos pés do outro jovem, Marlone este sim uma luz de esperança no fim túnel cruzmaltino.

Entra outro treinador que atua com a última linha avançada, buscando a marcação pressão e mantendo a posse de bola, na maioria as vezes pouco efetiva, vide os últimos trabalhos no São Paulo, Corinthians e Santos de Adílson. A maioria dos times do técnico marca muitos gols e sofrem também, seria este modelo de jogo ideal para este time?

Calma vascaíno, não sejamos profetas, o Vasco ainda não caiu, tem chances e acredito que lutará até o fim contra o descenso (até por que Bahia, Criciúma, Ponte Preta e Fluminense também vão mal). Porém para sair desta situação terá de contar com Juninho, Marlone e quem sabe um inspirado André (algo cada vez mais raro), que pela qualidade que tem, podem ajudar de verdade o time a sair desta situação.

Pena é saber que nem mesmo a experiência de um rebaixamento traumático, como o do Vasco, serviu para o time aprender a lição e ao que parece, a exemplo do Palmeiras, a equipe alvinegra de São Januário quer de novo sentir o gosto amargo da segundona.

Números dos treinadores do Vasco em 2013:

Dorival Júnior
Jogos: 29, vitórias 9, empates 8, derrotas 12, aproveitamento de 31,1%.

Paulo Autuori
Jogos: 13, vitórias 6, empates 2, derrotas 5, aproveitamento de 42%.

Gaúcho
Jogos: 12, vitórias 6, empates 1, derrotas 5, aproveitamento de 52%.

Números de Adílson Batista como treinador:
2008 a 2010: Cruzeiro vitórias 97, empates 34, derrotas 39.
2010: Corinthians V 7, E 4, D 6.
2011: Santos: V 5, E 5, D 1.
2011:São Paulo: V 7, E 9, D 6.
2011:Atlético PR V 4, E 4, D 6.
2012: Atlético Go V 5, E 4, D 1.
2005/2006 e 2013: Figueirense V 46, E 20, D 29.




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Celtic empata frente ao Hibernian, mas mantém a liderança

The Boys tropeçaram na rodada, mas viram vice líder perder a segunda partida consecutiva

A equipe do Celtic apenas empatou diante do Hibernian fora de casa, um resultado que poderia trazer o vice-líder Inverness de volta aos calcanhares do time de Glasgow, mas se tornou interessante, uma vez que o rival perdeu dentro de casa para o Partick Thistle.
Com gols de Heffernan para o Hibernian e Forrest para o Celtic, a partida no estádio Easter Road, terminou com o placar igualado. O que mantém o time da casa, firme na luta por uma das vagas ao playoff final. Em Inverness, a equipe dona da casa decepcionou a torcida e perdeu seu jogo. Doolan abriu o placar para o Partick, o zagueiro inglês Gary Warren empatou, mas ele de novo, Kris Doolan voltou a colocar o time visitante na frente do placar, garantindo a excelente vitória alvinegra.
Com os resultados da rodada, Motherwell e Aberdeen se aproximaram dos líderes e se mantiveram tranquilos na briga por uma das seis vagas para o top six, onde as seis melhores equipes duelarão pelo título da temporada.
Na parte de baixo da tabela, Kilmarnock e St. Mirren venceram seus jogos se recuperando na competição, mas continuam nas 11° e 10° colocações respectivamente. Quem continua mal na temporada é o Hearts, a tradicional equipe escocesa, amarga a lanterna do campeonato com sete pontos negativos, devido a uma punição da Federação Escocesa de Futebol.
A próxima e 11°rodada do Campeonato Escocês 2013/2014, será disputada no sábado (26). Com destaque para o confronto de seis pontos entre Hibernian e Aberdeen, que vale a quarta colocação e para o jogo do líder Celtic, que visita o Partick Thistle.
 
Samaras é um dos destaques da  ótima temporada da equipe celta (Foto: Divulgação)

Resultados da 10° rodada:
Hibernian 1 x 1 Celtic
Aberdeen 1 x 0 Dundee
Kilmarnock 2 x 0 Ross Country
Motherwell 2 x 1 Hearts
St.Mirren 4 x 3 St.Jonhstone
Inverness 1 x 2 Partick Thistle

Tabela:
1 Celtic 23
2 Inverness 19
3 Motherwell 19
4 Aberdeen 17
5 Hibernian 15
6 Dundee United 13
7 Partick Thistle 13
8 St.Jonhstone 12
9 Ross Country 10
10 St.Mireen 8
11 Kilmarnock 6
12 Hearts -7


sábado, 5 de outubro de 2013

Maicon, o homem da bola melada, pode ser a salvação Tricolor

Com meia/volante em campo, São Paulo tem aproveitamento alto desde a volta de Muricy

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Calma querido leitor, irei explicar este título. Maicon meia ou volante do São Paulo (Revelado pelo Fluminense e com passagem pelo Madureira, Duisburg (ALE) e Figueirense) é segundo Mario Marra, grande comentarista da rádio CBN, o homem da bola melada, aquele que dá qualidade de passe e sustentação ao meio campo.

E gostos a parte, os números atuais mostram, com Maicon em campo e Muricy no comando, o Tricolor Paulista venceu três jogos (Ponte Preta, Vasco e Atlético Mineiro), empatou um (U.Católica) e sem o volante/meia o Tricolor sofreu três derrotas (Goiás, Grêmio e Santos).

Coincidência? Talvez sim, mas é inegável que com Maicon no time titular em especial de segundo volante, o São Paulo se torna uma equipe mais forte. Com saída de bola e maior movimentação. Se com ele o time perde em marcação, sem ele perde em saída de bola qualificada, vide o jogo contra o Santos, quando Wellington foi o responsável por iniciar as jogadas e não teve sucesso, afinal seu passe não é dos melhores.

Ah, mas contra o Grêmio o time fez uma boa partida e com Rodrigo Caio e Welligton. Sim, pois, Jadson e Ganso conseguiram sair da marcação dos competentes volantes gremistas. Mas quando isso não acontece, ou os dois não estão em um bom dia, a saída de bola do tricolor fica pensa às descidas de Reinaldo na esquerda, (aliás o lateral é uma grata surpresa com a camisa tricolor) afinal do outro lado estão Douglas ou Paulo Miranda, que tecnicamente deixam e muito a desejar no apoio.

Não que Maicon seja um craque, que seja ele capaz de sozinho ajudar o São Paulo a se livrar da segunda divisão nacional, mas com ele em campo o time ganha em agressividade, chutes de longe e como já dito na saída de bola. Algo fundamental no futebol atual, vide o Cruzeiro com Nilton e Lucas Silva e o Galo campeão da Libertadores 2013, com Leandro Donizete, volantes que sabem sair jogando, ou pelo menos iniciar uma jogada, acertando passes.

O que não dá para entender é que entra técnico e saí técnico e Maicon continua na reserva, um jogador útil, que pode ser segundo volante, terceiro homem de meio e até ponta, onde atuou muito bem em 2012, substituindo Lucas na vitória do São Paulo sobre o rival Corinthians, 3 á 1, com direito a dois gols do meia.

Com Maicon, Ganso e Jadson a equipe será bem ofensiva, mas está é a característica deste elenco tricolor. Bons jogadores de frente e de meio, zagueiros, laterais e volantes limitados. Então Muricy, não querendo ser o dono da verdade (muito menos treinador), mas este São Paulo para sair da zona do rebaixamento em minha opinião deve atacar, arriscar, jogar para cima e de preferência com ele em campo. Como diria Mario Marra, o homem da bola melada...Maicon.
 
Maicon o homem da saída de bola, pode ser a solução tricolor para escapar do descenso (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press).
Maicon titular com Muricy:
4 Jogos
3 Vitórias
1 Empate
Aproveitamento: 87%

Maicon na reserva com Muricy:
3 Jogos
3 Derrotas.
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