sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Guia de Clubes: Mundial Fifa 2013

Em baixa, Monterrey sonha com vôos mais altos

Após título continental equipe caiu de produção, mas mesmo assim chega ao mundial querendo incomodar o favorito Galo.

Por: João Vitor Poppi.

O Club de Fútbol Monterrey, localizado no nordeste do México, foi fundado em 1945 e pertence a FEMSA, maior empresa de bebidas do país. Os ''Rayados''não estão entre as torcidas mais numerosas do México, ocupando em pesquisas recentes, o oitavo lugar com percentual de 2,5% de torcedores. O ''Clássico Regiomontano'' ocorre quando o Monterrey duela contra o UANL Tigres, seu maior rival.

Seu primeiro título expressivo foi em 1986, consagrando-se campeão mexicano. O feito se repetiu por outras três vezes: 2003 (Clausura), 2009 e 2010 (Apertura), alavancando o clube para a oitava colocação entre os maiores campeões mexicanos. A Copa do México foi conquistada apenas uma vez, em 1992, pelo clube azul e branco.

Assim como nas competições nacionais, as conquistas internacionais só ganharam força no Estádio Tecnológico no século XXI. O maior feito do Monterrey é tricampeonato da Liga dos Campeões da CONCACAF 2010/11, 2011/12 e 2012/13, que deu ao clube a vaga em três edições de Mundiais de Clubes da FIFA. A melhor campanha aconteceu no Mundial de 2012, no Japão, onde venceu o Al-Ahly e ficou com a terceira colocação.

Em 2013, no Marrocos, o clube mexicano não chega superestimado como nos anos anteriores. O motivo, apesar de sagrar-se campeão da CONCACAF, é a fraca campanha pós-título continental do time, que não encheu os olhos do torcedor - ultimamente acostumado as boas campanhas dos ''Rayados''.

No Apertura 2013, torneio em que todos jogam contra todos de forma única e os oito primeiros se classificam para o mata-mata, o Monterrey encerrou sua participação no 11o lugar, com apenas 39,22% de aproveitamento. Na Copa MX, o time conseguiu avançar até a semifinal, mas foi eliminado pelo Monarcas Morélia por um impiedoso 3x0, mesmo atuando em seu estádio.

A perda de importantes jogadores no segundo semestre e a falta de reposição à altura, também, é um fator que dificultará a caminhada do Monterrey no Mundial. O zagueiro Hector Morales foi para o Atlante; o equatoriano W. Ayoví, que atua como lateral esquerdo e meia, transferiu-se para o Pachuca, já o jovem meia Corona foi vendido para o Twente; o ataque foi o setor que sofreu uma grande e inesperada perda: Pabón foi vendido para o Valência por 7,5 de euros, após ter disputado apenas sete partidas e anotado cinco gols.

Apesar do momento ser desfavorável, o clube mexicano espera pelo menos conseguir chegar na semifinal da competição e duelar contra o Atlético Mineiro, mas para isso precisará vencer o anfitrião Raja Casablanca.

Como joga: O time treinado por José Cruz atua no 4-1-4-1, variando o esquema tático a todo momento durante as partidas, além disso, o técnico implanta praticamente um sistema de rotação no time, variando as escalações conforme os adversários. Os extremos ofensivos buscam bastante a linha de fundo, formando um 4-3-3, com um losango no meio. Em alguns momentos dos jogos, Lucas Silva desfaz a trinca do meio adiantando-se para jogar centralizado entre dois pontas, configurando o 4-2-3-1. A grande esperança dos ''Rayados'' é o artilheiro chileno Suazo, que soma 10 gols em 17 jogos na temporada 2013/14.

Com jogadores como César Delgado e Neri Cardozo, preza-se muito pelo toque de bola e por tirar o espaço do adversário na saída de bola. Defensivamente o Monterrey não inspira muita confiança, falhando na marcação pelos lados, onde existe espaço entre as duas linhas e a cobertura dos volantes/meias que não são seguras. Por isso não é de se espantar, se o time mexicano em um hipotético jogo contra o Atlético-MG, ou até se vier sofrer pressão do time marroquino, jogue no contra ataque, buscando a bola longa para os meias abertos pelos lados em seu desenho tático inicial.

Time base: Orozco (Ibarra); Basanta, Leobardo López, Meza e Juárez; R. Osório, Zavala e Lucas Silva; Neri Cardozo (Delgado), Madrigal (Arellano) e Suazo.

Téc: José Cruz.

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