Mais que um clube, uma ideologia
Al Ahly chega ao Mundial Fifa 2013 no Marrocos, movido por lembranças
do massacre de seus torcedores em 2012 e mais protestos contra a ditadura em
seu país
Por: Luis Henrique de Sá Perles
A tragédia ocorrida no ano de 2012, em uma partida do campeonato local, onde mais de 72 torcedores do Al Ahly foram assassinados em confronto com a polícia e a torcida visitante, ainda cicatriza no maior clube de futebol egípcio.
A tragédia ocorrida no ano de 2012, em uma partida do campeonato local, onde mais de 72 torcedores do Al Ahly foram assassinados em confronto com a polícia e a torcida visitante, ainda cicatriza no maior clube de futebol egípcio.
Na final da Copa dos
Campeões da África 2013, os mais de 70 mil fãs do clube vermelho e branco presentes
no estádio entoaram cânticos de homenagens às vítimas e voltaram a protestar contra
o atual ditador Adly Masour. E sobre este pesado clima político, a equipe chega
ao seu quarto Mundial Interclubes da Fifa, sem nunca ter passado das
semifinais.
No ano anterior, o clube deu muito trabalho ao
campeão mundial Corinthians, assim como tinha feito em 2006 contra o
Internacional de Alexandre Pato e Fernandão. E pelo menos repetir as campanhas
passadas é o desejo dos atletas e diretores do time mais popular do Egito.
Baseado no toque de
bola qualificado, mas lento, trazido pelo craque Abo Trika, a equipe tentará
mais uma vez honrar sua tradição, como a grande força do continente africano.
Ao todo são oito conquistas continentais, seis somente na última década.
Apostando nas defesas do bom goleiro Ekramy, na liderança do xerifão da equipe
Gomma e claro no talento sempre latente do meia Abo Trika.
Como joga: Comandado pelo treinador Mohamed Youseef a equipe atua
quase sempre no 4-2-3-1, apostando suas fichas em seu meio de campo, que tem
Abo Trika centralizado e mais dois meias de lado de campo (que jogam bem
abertos). Assim o treinador conta com a criação e gols do craque e líder
egípcio para resolver os jogos de seu time; Sem ele o Ah Ahly joga no 4-4-2 com
Meteab e Zaher mais enfiados na área.
O maior problema da
equipe vermelha e branca do Egito é mesmo a defesa. Apesar do bom lateral Fathi
na direita, o clube tem muita fragilidade no miolo de zaga, onde o líder Gomma e seu companheiro Moawad (ambos veteranos e
lentos) não conseguem passar grande confiança ao excelente goleiro Ekramy, que
sempre tem trabalho dobrado, devido às falhas dos companheiros.
Times base: Ekramy, Fathi, Gomma, Moawad, Fadil,
Ashour, Nagib, El Said, Soliman, Abo Trika e Zaher.
Téc: Mohamed Youssef.
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