Muriqui, Elkesson e Conca foram os destaques
da equipe chinesa, que enfrenta agora o Bayern na terça-feira
Por:
Luis Henrique de Sá Perles
Al
Ahly: Ekramy, Fathi, Saad, Naguib, Kenawy, Ashour (Trezeguet), Rabia, Soliman,
Said, Abo Trika (Da Silva) e Meteab (Hamdy).
Téc:
Modamed Youssef.
Guangzhou:
Zeng, Zhang,Feng, Kim, Sun (Xhuri), Gao (Hao), Zhao, Hunag,
Conca, Muriqui e Elkesson.
Téc:
Marcelo Lippi.
Na
partida que reuniu os campeões continentais da África e da Ásia, o Guangzhou com
uma bela colaboração sul-americana garantiu classificação a semifinal, ao
vencer o Al Ahli pelo placar de 2 a 0. Agora a equipe comandada pelo técnico italiano
Marcelo Lippi enfrenta o poderoso Bayern na mesma cidade do jogo deste sábado,
Agadir no sul do Marrocos.
Em
campo duas equipes com posturas táticas parecidas, mas apenas uma delas tomava
a iniciativa do jogo, sob a batuta do meia Conca e a velocidade de Muriqui e Elkesson
o time chinês era melhor. Logo aos 50 segundos de jogo em escanteio, Elkesson cabeceou
desviando na rede pelo lado de fora e assustando o goleiro Ekramy. A resposta
egípcia veio com uma falha grotesca do goleiro chinês Zeng, que saiu mal dando
a bola nos pés de Meteab, que cruzou para Abo Trinka cabecear por cima do gol
de Zeng.
Apesar
do susto isolado, era o Guangzhou quem atacava mais. Aos 14 Elkesson recebeu de
Huang, tirou da marcação e bateu rente a trave esquerda de Ekramy, levando a
torcida chinesa ao delírio. Com o passar do tempo, a marcação forte no embolado
meio campo (com cinco homens para cada lado) trancou mais o jogo, que teve a
partir de então muitos erros de passes e luta, mas pouquíssimo futebol.
Somente
aos 37 minutos, o Al Ahly chegou novamente, em passe do discreto Abo Trika,
Said arriscou de longe sem tanto perigo ao gol de Zeng, que apenas acompanhou a
bola. Assim travado e pouco técnico terminou o primeiro tempo no estádio de
Agadir, 0 a 0.
Time chinês movido pelo talento sul-americano enfrentará Bayern na luta por uma vaga a final do Mundial Interclubes.( Foto:EFE) |
Na
volta da segunda etapa, saiu Abo Trika mal no jogo e entrou o atacante de
Mauritânia Da Silva, o Al Ahly saiu do 4-2-3-1 para o 4-4-2 com dois homens
mais enfiados na defesa chinesa. O time chinês por sua vez sem modificação de
jogadores, adiantou Muriqui se armando também com duas linhas de quatro,
tentando aproveitar a velocidade de Elkesson e Muriqui frente a lenta defesa
egípcia.
E
aos 3 minutos, a aposta de Marcelo Lippi deu certo, Muriqui recebeu na direita
ganhou de Kenawi e finalizou na trave, a bola sobrou na área e Elkesson jogando
como centroavante da equipe chinesa não desperdiçou, 1 a 0 Guangzhou. Três
minutos depois, Conca lançou Muriqui que ganhou na velocidade da marcação e
tocou mal no canto esquerdo de Ekramy, perdendo a chance de aumentar a vantagem
chinesa.
Sem
Abo Trika e errando muito passes, o Al Ahly tentava na bola longa superar a
aplicada, mas frágil marcação asiática, apenas na bola parada aos 15 minutos
com Said a equipe conseguiu finalizar com certo perigo ao gol e mesmo assim na
rede pelo lado de fora. E com Muriqui em tarde inspirada, o Guangzhou não
demorou para matar o duelo. Aos 21 de jogo, ele recebeu em velocidade, pela
terceira vez ganhou da marcação e chutou para boa defesa de Ekramy, mas no
rebote Conca de chapa colocou sua equipe com ainda mais vantagem no placar, 2 a
0 Guangzhou.
Depois
do segundo gol, a partida ficou morna, o time chinês marcava atrás e via um
rival combalido, sem criatividade e pouco efetivo à frente. Somente aos 33 minutos
em novo chute de fora de área de Said que esbarrou no travessão de Zeng, a
equipe africana chegou. No fim do jogo Conca ainda colocou Muriqui em boa
posição, mas o brasileiro bateu travado pela marcação egípcia. Fim de partida e
Guangzhou classificado merecidamente, apesar de suas claras limitações a equipe
de Lippi pareceu ser bem mais preparada tecnicamente e taticamente do que o
rival Al Ahly, agora que venha o temido Bayern de Munique de Guardiola e Cia.
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