quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Raja joga melhor e bate Galo em Marrakech

Equipe marroquina surpreendeu o time de Cuca que terá que se contentar com a disputa do terceiro e quarto lugar

Por: Luis Henrique de Sá Perles

Raja Casablanca: Askri, El Hachimi, Benlamallen, Oulhaj, Karruchi, Guehi, Erraki, Chitbi (Mabide), Hafidi (Kanda), Moutouali e Iajour (Coulibaly).
Téc: Faouzi Benzarti

Atlético Mineiro: Victor, Marcos Rocha (Luan), Revér, Leonardo Silva, Lucas Cândido (Alecsandro), Pierre, Josué (Leandro Donizete), Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Fernandinho e Jô.
Téc: Cuca.

Assim como no Mundial de 2000, justamente o último que o time marroquino disputou, uma equipe anfitriã chega a final do Mundial Interclubes Fifa. Com direito a uma bela exibição, a equipe do Raja Casablanca desbancou o favorito Atlético Mineiro que assim como o Internacional em 2010, decepciona seus milhões de torcedores no Brasil e no Marrocos.

No inicio da partida, o Galo até que pressionava a saída de bola marroquina, que assustada com a força do futebol brasileiro marcava atrás da linha da bola, respeitando muito o time de Ronaldinho e Cia. Porém chance boa mesmo de gol só depois dos 20 minutos, quando Fernandinho na esquerda cruzou e Jô desviou travado pela marcação viu a bola passar raspando na trave direita de Askri.

Nervoso e pouco efetivo, o Atlético só voltou atacar novamente com Fernandinho aos 32 minutos, ele recebeu e bateu cruzado levando perigo ao gol de Askri, mas a melhor chance do primeiro tempo foi do Raja. Karruchi escapou na esquerda nas costas de Marcos Rocha e cruzou para Moutouali livre bater de chapa para linda defesa de Victor. E no minuto 39, o mesmo Mouatoauli desta vez na esquerda nas costas de Lucas Cândido, apareceu livre e bateu cruzado pertinho da trave direita de Victor.

Ainda no primeiro tempo, Jô recebeu lindo passe do sumido Ronaldinho Gaúcho, mas bateu fraco para boa defesa de Askri. Final de primeiro tempo e a sensação era de superioridade em campo do time da casa, que empurrado por sua torcida e motivado por enfrentar Ronaldinho saíam de campo satisfeitos com a boa atuação.

Na segunda etapa, a confiança tomou conta do Raja, que mais ofensivo começou a incomodar o Galo, em especial pelos lados, sem coberturas do volantes do time mineiro (ambos muito mal no jogo de hoje), Moutoauli dominava o meio campo. E aos cinco minutos Hafidi em contra golpe enfiou linda bola para Iajour, o centroavante arrancou e finalizou no cantinho direito, vencendo Victor, 1 a 0 Raja.

O gol abateu de vez o Galo. Cuca sacou o lateral Marcos Rocha e lançou Luan, time pra cima pressionando o rival? Nada disso, na sequência aos sete minutos Moutouali rolou para Hafidi que impedido balançou as redes de Victor, mas o juiz anulou bem o lance. Tenso o Atlético começou a arriscar tudo, lançando bolas nas áreas para Jô e batendo de fora com Tardelli sem perigo ao gol de Askri. Só aos 18 minutos em falta na ponta esquerda, Ronaldinho cobrou com muita categoria no canto esquerdo de Askri  empatando o jogo, 1 a 1.
Raja de Hafidi superou o Atlético de Pierre e está na final do Mundial Interclubes (Foto: Reuters)

E quando tudo parecia se acertar para uma virada do Galo, o que se viu foi um Raja bem postado marcando forte e um Atlético se lançando cada vez mais ao ataque. Em uma dessas descidas, Luan não voltou, Iajour recebeu entrou em velocidade na área e foi derrubado por Revér, pênalti. E o capitão e craque do time Moutouali não desperdiçou, 2 a 1 Raja Casablanca e eram jogados 37 minutos de jogo.

O pesadelo Mazembe que assombrou o Inter em 2010 parecia mesmo se repetir, sem força e inspiração o Galo até que tentou, Cuca lançou Alecsandro na frente, Jô tentou de cabeça, mas o jogo era do time marroquino. Moutouali arrancou aos 48 minutos livre de marcação e bateu na saída de Victor, a bola explodiu no travessão e sobrou nos pés de Mabide, logo ele que tinha provocado Ronaldinho Gaúcho, gol do Raja 3 a 1, que sacramentou a dura eliminação do Galo.

E difícil admitir, mas o Raja foi superior técnica e taticamente ao time brasileiro, mostrou uma qualidade de passes certos, lançamentos e boa marcação de fazer inveja a muito clube tupiniquim. Ao contrário do Mazembe, não foi o menosprezo que elimina o Atlético, mas sim uma equipe inferior, que sabedora disso fez o seu melhor, teve competência e como prêmio fará uma final histórica frente ao gigante Bayern de Munique no sábado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário