Equipe marroquina surpreendeu o time de Cuca que terá que se contentar
com a disputa do terceiro e quarto lugar
Por: Luis Henrique
de Sá Perles
Raja Casablanca:
Askri, El Hachimi, Benlamallen, Oulhaj, Karruchi, Guehi, Erraki, Chitbi
(Mabide), Hafidi (Kanda), Moutouali e Iajour (Coulibaly).
Téc: Faouzi Benzarti
Atlético Mineiro:
Victor, Marcos Rocha (Luan), Revér, Leonardo Silva, Lucas Cândido (Alecsandro),
Pierre, Josué (Leandro Donizete), Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli,
Fernandinho e Jô.
Téc: Cuca.
Assim como no
Mundial de 2000, justamente o último que o time marroquino disputou, uma equipe
anfitriã chega a final do Mundial Interclubes Fifa. Com direito a uma bela exibição,
a equipe do Raja Casablanca desbancou o favorito Atlético Mineiro que assim
como o Internacional em 2010, decepciona seus milhões de torcedores no Brasil e
no Marrocos.
No inicio da
partida, o Galo até que pressionava a saída de bola marroquina, que assustada
com a força do futebol brasileiro marcava atrás da linha da bola, respeitando
muito o time de Ronaldinho e Cia. Porém chance boa mesmo de gol só depois dos
20 minutos, quando Fernandinho na esquerda cruzou e Jô desviou travado pela
marcação viu a bola passar raspando na trave direita de Askri.
Nervoso e pouco
efetivo, o Atlético só voltou atacar novamente com Fernandinho aos 32 minutos,
ele recebeu e bateu cruzado levando perigo ao gol de Askri, mas a melhor chance
do primeiro tempo foi do Raja. Karruchi escapou na esquerda nas costas de
Marcos Rocha e cruzou para Moutouali livre bater de chapa para linda defesa de
Victor. E no minuto 39, o mesmo Mouatoauli desta vez na esquerda nas costas de
Lucas Cândido, apareceu livre e bateu cruzado pertinho da trave direita de
Victor.
Ainda no primeiro
tempo, Jô recebeu lindo passe do sumido Ronaldinho Gaúcho, mas bateu fraco para
boa defesa de Askri. Final de primeiro tempo e a sensação era de superioridade
em campo do time da casa, que empurrado por sua torcida e motivado por enfrentar
Ronaldinho saíam de campo satisfeitos com a boa atuação.
Na segunda etapa, a
confiança tomou conta do Raja, que mais ofensivo começou a incomodar o Galo, em
especial pelos lados, sem coberturas do volantes do time mineiro (ambos muito
mal no jogo de hoje), Moutoauli dominava o meio campo. E aos cinco minutos
Hafidi em contra golpe enfiou linda bola para Iajour, o centroavante arrancou e
finalizou no cantinho direito, vencendo Victor, 1 a 0 Raja.
O gol abateu de vez
o Galo. Cuca sacou o lateral Marcos Rocha e lançou Luan, time pra cima
pressionando o rival? Nada disso, na sequência aos sete minutos Moutouali rolou
para Hafidi que impedido balançou as redes de Victor, mas o juiz anulou bem o
lance. Tenso o Atlético começou a arriscar tudo, lançando bolas nas áreas para
Jô e batendo de fora com Tardelli sem perigo ao gol de Askri. Só aos 18 minutos
em falta na ponta esquerda, Ronaldinho cobrou com muita categoria no canto
esquerdo de Askri empatando o jogo, 1 a
1.
Raja de Hafidi superou o Atlético de Pierre e está na final do Mundial Interclubes (Foto: Reuters) |
E quando tudo parecia
se acertar para uma virada do Galo, o que se viu foi um Raja bem postado
marcando forte e um Atlético se lançando cada vez mais ao ataque. Em uma dessas
descidas, Luan não voltou, Iajour recebeu entrou em velocidade na área e foi
derrubado por Revér, pênalti. E o capitão e craque do time Moutouali não
desperdiçou, 2 a 1 Raja Casablanca e eram jogados 37 minutos de jogo.
O pesadelo Mazembe
que assombrou o Inter em 2010 parecia mesmo se repetir, sem força e inspiração
o Galo até que tentou, Cuca lançou Alecsandro na frente, Jô tentou de cabeça,
mas o jogo era do time marroquino. Moutouali arrancou aos 48 minutos livre de
marcação e bateu na saída de Victor, a bola explodiu no travessão e sobrou nos
pés de Mabide, logo ele que tinha provocado Ronaldinho Gaúcho, gol do Raja 3 a
1, que sacramentou a dura eliminação do Galo.
E difícil admitir,
mas o Raja foi superior técnica e taticamente ao time brasileiro, mostrou uma
qualidade de passes certos, lançamentos e boa marcação de fazer inveja a muito
clube tupiniquim. Ao contrário do
Mazembe, não foi o menosprezo que elimina o Atlético, mas sim uma equipe
inferior, que sabedora disso fez o seu melhor, teve competência e como prêmio fará
uma final histórica frente ao gigante Bayern de Munique no sábado.
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