Na história foram 21 jogos, 12
vitórias brasileiras, cinco empates e apenas quatro vitórias alemãs. O Brasil
soma 39 gols marcados contra 24 da rival. Nas Copas apenas um confronto, na
final de 2002, onde Rivaldo, Ronaldo, Marcos e cia garantiram o último título
mundial a seleção, na época também sobre o comando do técnico Luis Felipe
Scolari.
Em casa, o Brasil nunca perdeu
para a Alemanha, foram setes jogos, quatro vitórias e três empates. O resultado
mais comum no confronto é o 2 x 1 para a seleção canarinha. No último duelo
porém, 3 a 2 para o time de Joaquim Low, em amistoso na Arena Mercedes Bens em
Stuttgart (ALE).
Jogos oficiais:
Copa do Mundo 2002: Brasil 2 x 0 Alemanha
Copa das Confederações 2005: Brasil 3 x 2 Alemanha
Copa das Confederações de 99: Brasil 4 x 0 Alemanha.
Mundialito de 80: Brasil 4 x 1 Alemanha.
Táticas:
A contusão de Neymar, sem dúvida,
alterará toda a forma de jogar da Seleção Brasileira, Felipão ainda não deu
pistas concretas, mas dever mexer na forma de sua equipe atuar. Se optar por
Bernard ou William, Oscar voltará a ser o meia central e terá enfim a chance de jogar
em sua melhor função, um meia que vem de trás levando a bola aos atacantes.
Com William a seleção ganha na
criatividade e poder de recomposição, com Bernard ganha no jogo agudo e
velocidade que pode fazer a diferença nas costas dos laterais alemães. Tanto
Lanh quanto Höwedes que vem jogando na esquerda, sofreram com as jogadas
laterais francesas. Apesar da clara melhoria na seleção com Lanh de lateral, o
mesmo cedeu espaços para as investidas de Evra e Griezman em várias momentos do
jogo, algo que o Brasil pode aproveitar.
Se optar por Ramires ou Hernanes
ou mesmo manter Paulinho com a volta de Luis Gustavo, o treinador pode
congestionar o meio campo e tentar se aproveitar das brechas defensivas
deixadas pelos volantes alemães. Khedira, Schweinsteiger e Kroos saem para o jogo e deixam alguns
setores desguarnecidos. Com esta formação Hulk jogaria mais solto caindo pelos
lados e encostando mais em Fred que precisa claramente de companhia. Além disso,
Oscar teria enfim mais liberdade para chegar como um meia central, onde rende
mais.
Na zaga saí Tiago Silva
e entra o regular Dante, troca que não preocupa, afinal Dante vem de boa
temporada e deve dar conta do recado. Para vencer o jogo será preciso, assim
como contra Colômbia, se impor, trabalhar a bola e marcar pressão, mas não exagerar,
afinal a parte física contará muito neste jogo e será um fator que o Brasil
poderá tirar proveito (a Alemanha vem tendo problemas de adaptação ao clima,
incluindo resfriados, além dos desgastes musculares normais de uma competição
como a Copa).
Sem Neymar será fácil vencer a
poderosa Alemanha? Não, mais Argélia, Gana e França mostraram algumas fragilidades
dos rivais brasileiros, complicaram o jogo e poderia ter até vencido os
alemães. Apesar da grande qualidade não existe time imbatível nesta Copa do
Mundo.
Sem Neymar, Felipão quebra a cabeça para encaixar o time frente a um duro rival (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm) |
Na Alemanha, o respeito à seleção
local e a tranquilidade reinam. A equipe deveria a meu ver manter a escalação
do último jogo, com Klose na frente, liberando Müller pelos lados, Lanh na
lateral e Khedira no meio. Porém, como Low tem surpreendido não estranhe se Gotze
ou Schurrer ganharem a vaga do veterano centroavante Klose, ou ainda se Metsacker
voltar e Lanh retornar ao meio com Boateng na direita.
Sem Neymar as chances da seleção
alemã crescem, mas a equipe terá jogar mais do que jogou até aqui para bater
com tranquilidade o Brasil. Com o 4-3-3 que se transforma em 4-2-3-1 a equipe
tem de melhorar a cobertura pelos lados e os espaços deixados por Kroos, Schweinsteiger e Khedira que apesar do talento e posse e bola, por vezes deixam
lacunas que podem ser preenchidas por meias e volantes que vem de trás (foi
assim com Pogba na última sexta-feira). Na defesa, as laterais, mesmo com a volta
de Lanh, ainda não conseguiram barrar as penetrações rivais e podem ser bons caminhos
para o Brasil.
Na frente, os meias de lado tem de
aparecer, Gotze ou Schurrer se atuarem junto a Ozil ou Müller não podem deixar
a criação apenas a cargo de Kroos, precisam se mexer mais e ocupar espaços que
os laterais brasileiros deixarão. Na frente Klose prende a zaga rival e ainda
tem excelente faro de gol, a Alemanha ganha ainda com a movimentação pelos
lados do jovem Müller que mais livre jogou muito bem diante da França.
Um grande duelo que reunirá oito títulos mundiais, jogo gigante, uma semifinal como cara de final de Copa do Mundo. Na Copa das Copas, na Copa das surpresas muitos palpites surgem, mas somente quando a bola parar de rolar é que conheceremos o primeiro finalista da maior competição esportiva do mundo. Brasil ou Alemanha.
Tranquilidade e foco são as palavras chaves da Alemanha para este duelo decisivo (Foto:AP). |
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