sexta-feira, 4 de julho de 2014

Pré-Visão de jogo: Quartas de final

Argentina x Bélgica
Messi e Di Maria são as grandes esperanças da Argentina para chegar as semifinais (Foto: Getty Imagens)
Em todo história, Argentina e Bélgica se enfrentaram por quatro vezes, com três vitórias hermanas, uma belga e nenhum empate. Os argentinos marcaram 10 gols e sofreram quatro. Em mundiais são dois confrontos, na fase de grupos em 82, vitória belga (1 a 0) e na semifinal da Copa do México em 86, vencida pela própria Argentina, vitória celeste por 2 a 0 com dois gols de Maradona.

Táticas:
Formatada no 4-4-2 clássico, a seleção argentina chega como favorita neste duelo, mas terá pela frente um duro rival que pode se aproveitar das falhas hermanas. Entre os volantes, a insistência com Gago impressiona, o atleta que atualmente joga no Boca Juniors tem a preferência de Sabella, mas vem jogando muito mal e não de hoje, desde que saiu da Roma não vem atuando em alto nível.

Na zaga Fernandéz e Garay não conseguem passar confiança à torcida que terá ainda de ver o lateral Basanta (do Monterrey) assumir a vaga de Rojo (que junto a Messi e Di Maria vinha se destacando nesta Copa). Com Basanta, a marcação em jogadas aéreas ganha, mas o atleta é lento e não tem a qualidade ofensiva de Rojo, o que pode complicar a Argentina se o jogo for para o lado esquerdo.

Alejandro Sabella apostará então no talento de sua seleção que do meio da para frente tem um verdadeiro esquadrão de bons atacantes e meias. A fase da maioria deles, porém, não é da melhores. Higuaín, o contundido Aguero e Palácio não jogam bem nesta Copa, Lavezzi alterna bons e maus momentos e Messi e Di Maria, estes sim tem decidido os jogos.

Para chegar a fase de semifinal será preciso jogar como ainda os argentinos não jogaram e o rival desta vez atacará, marcará pressão e tem muita qualidade para encarar de frente Messi e companhia, Sabella que se cuide.

Na Bélgica o esquema é o 4-1-4-1 que se transforma (com o recuo de Fellaini) em 4-2-3-1 em alguns momentos. A geração de ouro belga chega as quartas, a assim como a rival, sem ter mostrado o potencial que parecia ter antes da Copa, venceu seus jogos de forma amarrada e espera enfim realizar uma boa partida e bater os hermanos, vingando 1986.

As principais jogadas belgas saem pelos lados com Marteens na direita e Hazard na esquerda, na frente seja Origi ou Lukaku a presença de área é forte, alta e pode complicar a marcação dos contestados zagueiros argentinos. No meio a qualidade de passe e infiltração é enorme, Fellaini e Witsel participam muito do jogo ofensivo, o que as vezes sobrecarrega a marcação lá atrás.Na defesa as laterais pesadas com Vertoghen e Alderweireld cedem espaços as entradas rivais. Arma que a Argentina pode utilizar com Lavezzi e Di Maria, além de Messi que vem jogando mais centralizado.

Um jogo que promete ser equilibrado e garantirá a pelo menos um deles, a vaga a próxima fase da Copa do Mundo 2014. Argentina ou Bélgica façam suas apostas.

Holanda x Costa Rica
Costa Rica chega novamente como azarão nas quartas de finais da Copa 2014 (Foto: Robert Cianflone/Getty Imagens).
O duelo mais desnivelado das quartas de finais apresenta a seleção holandesa e a surpreendente Costa Rica que após passar pela fase de grupos, segurou a barra na prorrogação com um jogador a menos e bateu nos pênaltis a disciplinada Grécia. 

Na história deste duelo nenhum jogo foi registrado entre as duas seleções.

Táticas:
A Holanda vem atuando de duas formas nesta Copa, 4-3-3 ou 3-4-3. Com a contusão de De Jong homem da pegada no meio, a seleção laranja perde em pegada, mas ganha na saída de bola e movimentação com Blind. Sneijder, Robben e Van Persie se mexendo a frente são as grandes armas de Van Gall para chegar longe nesta competição.

Para este jogo, a equipe deve se cuidar em especial com as movimentações laterais da adversária. Em todos os jogos, a marcação holandesa afrouxou, cedendo espaços entre os volantes e o zagueiros. Com a volta de Bruno Indi, Vlaar e De Vries farão o trio defensivo, Blind e Wijnaldum são os volantes, Kuyt é o ala esquerdo, Verhaegh é o direito, Sniejder e Robben se mexem entre o meio e ataque, Van Persie é o centroavante.

A equipe busca muito o lançamento longo de trás para a velocidade dos avantes, quando Sneijder “entra” no jogo o time passe a também depender do seu camisa dez para chegar ao gol rival. Além disso, as jogadas de linha de fundo e bola parada são perigo. A Holanda tem uma seleção alta e que se aproveita bem da bola aérea.

Na Costa Rica, a aposta também é na marcação forte de seus três zagueiros e no trio ofensivo Campbell, Bryan Ruiz e Bolaños. Com o esquema 3-4-3 (que se transforma em 5-4-1 sem bola) a equipe ocupa bem os espaços do campo e evita a exposição de sua lenta defesa. O problema é quando a recomposição não acontece tão bem. No mano a mano a zaga é frágil, ao ponto que até os gregos levaram perigo ao gol costariquenho.

Os volantes Borges e Tejeda também são fundamentais para que a marcação costariquenha encaixe. Tejeda ajuda ainda na saída de bola. Navas também é peça fundamental, um dos melhores goleiros do último campeonato espanhol, ele vem salvando “Los Ticos”, assim como contra a Grécia.

Na frente Campbell é o principal jogador, se movimenta muito, finaliza bem e abre espaços para os pontas, como Ruiz, aparecerem como centroavantes. Bolaños e Ruíz são fundamentais, pois, se mexem e juntos aos laterais fazem a transição entre o 3-4-3 e o 5-4-1, levando a bola até Campbell.

Um jogo tático, mas com claro favorito, a Holanda. Porém, depois de bater com autoridade Uruguai e Itália e vencer a Grécia nos pênaltis, é bom não duvidar do poder de superação e de qualidade desta Costa Rica.



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