O confronto que definiu a
Copa de 1978, vencida pela Argentina com grande apoio da ditadura
militar do país, volta a acontecer nesta quarta-feira (9), na Arena
São Paulo, pela semifinal da Copa 2014.
Na história foram oito
jogos, quatro vitórias holandesas, três empates e uma vitória
hermana, justamente esta, na final de 78. No último embate 0 a 0
pela fase de grupos na Copa da Alemanha em 2006.
Ao todo são quatro jogos
em Copas com duas vitórias holandesas, um empate e uma vitória
argentina:
Copa 1974: Holanda
4 x 0 Argentina
Copa 1978: Argentina
3 x 1 Holanda
Copa 1998: Holanda
2 x 1 Argentina
Copa 2006: Holanda
0 x 0 Argentina
Táticas:
A maneira de jogar
holandesa, dependerá da provável escalação do volante De Jong e
do zagueiro Vlaar. Com os dois, o esquema 3-4-3 será mantido com
muito mais pegada do que no jogo contra a Costa Rica. Um 3-4-3 que
apesar dos números não é nada defensivo, afinal conta com as
saídas pelo lado e teve no jogo contra a Costa Rica, Sneijder
de segundo volante.
O jogo de Val Gaal é pelos lados, abrindo com os alas as principais chegadas laranjas, Blind na esquerda e Kuyt na direita. Além disso o trio Sneidjer, Robben e Van Persie seguem sendo a referência técnica, jogadores de decisão que podem juntos colocar a Holanda na grande final.
Se os dois pilares
defensivos não jogarem (De Jong e Vlaar), Van Gaal pode retornar ao 4-2-3-1 apostando
ainda mais nos meias atacantes Robben e Sneijder para
encostarem no artilheiro Van Persie. Blind pode jogar de volante e
dar lugar a Verhaeg e Janmaat nas laterais adiantando também Kuyt no
meio ou sacando o mesmo, mantendo Depay na linha de meio.
O ponto fraco segue sendo
o setor defensivo, como o próprio Gaal disse não é das mais
confiáveis, apesar da boa Copa que fazem individualmente Indi e
Vlaar, a zaga sofre sem a cobertura adequada dos volantes, cedendo
espaço aos meias e atacantes rivais. Até por isso, jogar com De
Jong seria fundamental na tentativa de parar Messi e Cia.
O exótico treinador holandês, Van Gaal, realiza um excelente trabalho frente a sua seleção (Foto: Marco Ribolli) |
As loucuras de Van Gaal,
desde o esquema, até as trocas de goleiros nos últimos minutos da
prorrogação, são vantagens para a seleção holandesa, que
imprevisível chega a esta semifinal mais pronta e forte tática e
mentalmente.
Na Argentina o esquema é
o 4-4-2 e com o quase certo desfalque de Di Maria, Sabella deve ter
Enzo Peréz que marca mais, perdendo assim as chegadas pelo lado
direito, que vinham sendo armas da seleção hermana. Entre os
volantes, Biglia enfim ganhou a vaga de Gago e fez uma boa partida
defensivamente colaborando para melhor marcação junto a Mascherano
que vem jogando muito neste mundial. Demichelis na zaga trouxe
tranquilidade, experiência e melhora no jogo aéreo.
Na frente Messi e Higuaín
são as grandes apostas do treinador Sabella para o jogo. Aguero deve ficar no
banco e pode ser uma excelente opção para o segundo tempo ou quem
sabe na prorrogação. Messi, aliás, que tem sido o grande
diferencial argentino é motivo de preocupação para Van Gaal. Sem
De Jong, ele pode jogar mais livre e achar espaços na frágil
marcação holandesa. No mano a mano a zaga laranja mostrou que tem
problemas.
Única vitória argentina sobre a Holanda aconteceu na Copa de 78, sob supervisão da ditadura militar do país (Foto:Getty Imagens) |
Um jogo equilibrado sim,
com duelos individuais, talentos decisivos e dois excelentes
treinadores. Argentina e Holanda duelam nesta quarta-feira (9)
valendo vaga a grande final. Enquanto isso a favorita Alemanha só
espera seu rival para o duelo no Maraca.
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