Duelo equilibrado nos últimos anos, definirá um dos semifinalistas da Copa 2014 (Foto: Mike Segar/Reuters) |
Em toda história foram 25 jogos, 15 vitórias brasileiras, oito empates e apenas duas vitórias colombianas. A Colômbia porém, não perde no Brasil, para o país anfitrião da Copa desde de 2000 nas eliminatórias para o mundial de 2002, em jogo realizado no Morumbi, que contou com gol do zagueiro Roque Júnior nos acréscimos para definir a vitória canarinha.
Nos últimos quatro jogos, quatro empates, três vezes por 0 a 0 e no último confronto nos EUA, 1 a 1, gols de Neymar e Cuadrado que estarão em campo defendendo seus países. A Seleção Brasileira marcou ao todo 55 gols e sofreu apenas 11 na história deste duelo. Em Copas este confronto é inédito.
Táticas:
Sem
Luiz Gustavo, o Brasil perde muito em marcação no meio e saída de
bola, afinal Luiz conseguia fazer as duas funções muito bem nesta
Copa. A saída mais apropriada seria adiantar David Luiz e trazer
Dante ao lado de Tiago Silva, mantendo assim a pegada e posse de
bola. Se optar por ter a bola no pé e uma marcação mais frouxa,
Felipão poder ter Fernandinho com Paulinho. O problema é que com
estes jogadores um tal de James Rodríguez pode e deve ter mais
espaço e como artilheiro da Copa veste a camisa cafeteira é bom não
bobear.
Na
frente Neymar é fundamental, sua má atuação diante do Chile
dificultou a vida brasileira que se mostra cada mais dependente de
sua forte zaga e seu craque isolado. Oscar precisa entrar no jogo e
não somente na marcação, mas na criação, talvez recuando mais buscando a bola no meio para acionar Fred, que como dito no texto
anterior deve receber as bolas mais perto da área, seu “habitat
natural”.
Hulk
poderia, mas não acredito nisso, dar lugar a William, que mexe mais
e pode ser uma opção para ocupar os lados de campo e dificultar as
saídas de Armero e Zuñiga. Neste jogo perante a Colômbia, a chave
será ganhar o meio campo e para isso o Brasil terá jogar neste
setor, aquilo que não jogou nos últimos quatro jogos. Afinal
diferentemente do Chile, o rival desta sexta-feira (4) tem mais
pegada e força física e conta com um craque em fase inspirada
(James Rodríguez) e um centroavante que marcou mais de 45 gols em duas
temporadas de futebol português, Jackson Martínez.
Do
lado colombiano um esquema ofensivo, mas equilibrado. A seleção
cafeteira chega leve a este duelo, sem pressão, após fazer história
chegando a fase de quartas de finais. Perder ou vencer o Brasil será
uma honra ainda mais numa Copa aqui, no país do futebol.
Armada
no 4-2-3-1 a equipe conta com uma dupla de volante segura (Aguilar e
Sanchéz) que dão sustentação as descidas dos laterais Armero e
Zuñiga e aos meias de lado que também ajudam na recomposição, Téo
Guitiérrez ou Ibarbo e Cuadrado. Na frente Pekerman enfim deixou de
teimosia de lado e aposta tudo na fome de gols de Jackson Martínez,
atacante do Porto.
As
principais jogadas ofensivas acontecem pelo lado direito e centro,
com a dupla Cuadrado e James Rodríguez que infernizam as zagas
rivais. Ibarbo ou Téo (que atuou diante do Uruguai na função) tem um posicionamento mais tático, porém, colaboram com a penetração
na área rival, abrindo espaços para os homens que vem de trás.
O
maior problema para a equipe é a marcação pela esquerda, Armero e
Yepes tem dificuldades por aquele lado. Na direita Zapata compensa a
fragilidade defensiva de Zuñiga, além da boa cobertura dos
volantes. A pressão na saída de bola por parte do Brasil também pode
funcionar, contra Costa do Marfim e Uruguai quando pressionada a
Colômbia errou.
Time
por time a Seleção Brasileira é melhor, o problema é que seus
jogadores de frente, Hulk, Oscar, Fred e principalmente seus laterais
ainda não jogaram neste Copa como jogaram a um ano atrás, na Copa
das Confederações. Erros como contra o Chile, devem
sepultar o sonho do hexa, mais que emoção é preciso jogar futebol
e mostrar em campo como se ganha um Copa. E isto os brasileiros sabem
muito bem como fazer.
Em 86, alemães bateram os franceses por 2 a 0 e garantiram vaga na final (Foto: Arquivo das Copas). |
Na
história deste duelo, pequena vantagem francesa. Foram 11 vitórias dos “Les
Blues”, seis empates e oito vitórias alemãs. No número de gols
marcados porém, vantagem germânica (42 gols contra 41 franceses). Em
Copas este confronto aconteceu três vezes na fase mata-mata, sem
vantagem para nenhum dos lados. Em 58, 6 a 3 para França na decisão
do terceiro lugar, em 82 na semifinal 3 a 3 no tempo normal
e vitória alemã nos pênaltis, em 86 nova vitória alemã na semi, mas deste vez nos 90 minutos, por 2 a 0.
O
duelo que abre as disputas de quartas de finais é o também o
tecnicamente mais esperado, reunindo duas seleções que jogaram um
bom futebol até a este momento no mundial. A França sem dúvida foi
uma grata surpresa, evoluiu muito, chegou a Copa renovada e sobre o
comando de Didier Deschamps agradou nesta primeira fase. A Alemanha
apesar da decepção diante dos africanos (jogou mal perante Gana e
Argélia), tem tecnicamente a melhor equipe deste torneio.
Táticas:
Taticamente
a França tem algumas variações, mas normalmente atua no 4-3-3 que
se transforma num 4-4-2, em especial com a movimentação de Valbuena
na direita que por alguns momentos se torna um meia. Os volantes tem
função fundamental no jogo francês, Pogba, Cabaye e Matuidi em
qualquer esquema são responsáveis pela saída de bola qualificada.
Além disso, todos sabem chegar a frente e finalizar a gol.
Outra
variação é a retirada de um volante para a entrada do meia
esquerda Sishoko do Newcaslte, abrindo o time pelos lados contando
com o valioso apoio dos laterais Debuchy e Evra. Na frente sem Ribey,
o atacante de movimentação Griezmam vem fazendo a diferença, como
fez diante da Nigéria. Neste setor podem jogar Griezmam ou Giroud ao
lado do centroavante Benzema, com dois centroavantes, cabe a Benzema
se mexer mais.
O
ponto fraco desta seleção é zaga, nem Sakho nem Kolsceouny seguem
o ritmo de qualidade do jovem zagueiro do Real Madrid Varane. Existem
ainda espaços entre os volantes, em especial quando atua no esquema
4-4-2 com Sishoko e Valbuena pelos lados, Matuidi ou Pogba saem muito
e cedem espaços as penetrações dos meio rivais.
Na
Alemanha, o treinador Joaquim Low tem sido o maior inimigo de um bom
rendimento de sua seleção. No esquema com quatro zagueiros
(4-2-3-1), o lado esquerdo tem encontrado grande dificuldade na
marcação, Höwedes é pesado e não vem dando conta dos rápidos
meias e atacantes rivais. Com a contusão de Mustafi (que também não
vinha bem), Lanh poderia ser o lateral, mas como Hummels voltará
diante da França, Boateng deve ser fazer a função pela direita.
O grande problema de atuar com quatro zagueiros de ofício nas laterais é quem Low adianta os mesmos como laterais ofensivos e recua Kroos, Gotze e Ozil para fechar os lados, e nisso perde qualidade por duas vezes, uma por que os laterais não descem bem e outra por que os meias ficam muito recuados.
Ainda
falando no meio campo, Lanh e Scheswteigner tem encontrado
dificuldade com a marcação rival, Kroos atua centralizado, Gotze
aberto na esquerda e Ozil na direita. Müller que atua como meia e
atacante, vem jogando como centroavante, mas pode dar lugar a Klose a
qualquer momento. Schurrer é outra boa opção para atuar aberto em
ambos os lados.
O
jogo agudo de Valbuena (na direita) e possivelmente Griezman (na
esquerda) pode complicar a marcação alemã que contra a Argélia
teve muitas dificuldades. A chave para o jogo da Alemanha será
controlar estes espaços.
Independente
do classificado, França e Alemanha se juntam a Brasil, Holanda e
Argentina como os grandes favoritos a conquista do título. E quem
sair deste confronto fará uma grande semifinal seja contra Brasil ou
Colômbia.
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