Manchester City: Hart; Zabaleta, M.Richards, K.Touré, Clichy; de Jong
(Tevez), Yaya Touré, Silva (Dzeko), Nasri, Balotelli (Barry). Técnico:
Roberto Mancini.
Chelsea: Cech; Ivanovic (Bosingwa),
Cahill, David Luiz, A.Cole; Mikel, Raul Meireles (Essien), Lampard, Ramires,
Mata; Fernando Torres (Drogba). Técnico: Roberto Di Matteo.
O Manchester City precisava
desesperadamente dos três pontos, pois seu rival, o United, já havia jogado na
rodada e com a goleado sobre o Wolverhampton por 5x0, colocado quatro pontos de
vantagem na ponta.
Os donos da casa começaram a partida
com seu habitual esquema tático: 4-2-3-1. Com Yaya Touré e de Jong de volantes,
já a linha de três foi formada por Nasri pela esquerda, Silva pela direita e
com Aguero pelo centro se aproximando a Balotelli, que ficou no comando de
ataque.
O Chelsea precisava manter a boa
sequência de vitórias no comando do interino Di Matteo, para encostar em pontos
na zona de classificação da Champios League.
Os visitantes vieram pro duelo com
um meio campo bastante retraído, com Mikel e Raul Meireles como cabeças de área
e Lampard mais adiantado fazendo a ligação, mas que em muitos momentos recuava
para formar uma trinca de volantes. Mata e Ramires atuaram abertos pela
esquerda e direita, respectivamente. Torres atuou isolado na frente, o espanhol
se movimentou e buscou muito o jogo, mas não brilhou.
O jogo começou quente, com o City
indo ao ataque com muita gana e dominando a posse de bola, mas o Chelsea também
levava perigo ao gol adversário em contra ataques, quando não errava passe no
meio campo, o que ocorreu com frequência.
Aos 4min de jogo Zabaleta desce bem
a ataque e rola para Silva, que de dentro da área chuta por cima do gol.
Aos 7min foi á vez dos visitantes
desperdiçarem grande chance. Torres carregou a bola até a entrada da área e deu
bom passe para Mata, que livre e de frente pro gol chutou mal. Um minuto
depois citizens chegaram muito perto de
marcar. Nasri recebeu longo lançamento, dominou a bola no peito, Cahill não
conseguiu acompanhá-lo e o francês deu um lindo toque por cima de Cech, á bola
acertou o travessão.
Com a passar do tempo os blues foram
se fechando cada vez mais, e congestionando a frente da sua área. O City pouco
conseguia penetrar na área adversária, mas com o time adiantado, grande posse de bola, trocando muitos passes
e insistindo pelas jogadas laterais dominava o jogo. Mas pouco criava.
As chances de gol foram acabando,
exceto quando Lampard errou um passe infantil no meio campo, o sistema
defensivo estava desarrumado, Balotelli “ganhou” a bola e a carregou até ficar
cara a cara com o gol, o italiano chutou rasteiro, Cech com a ponta dos dedos
salvou.
Mancini no intervalo fez uma
alteração, tirou Balotelli e colocou a campo Barry, mudança tática. Com a
substituição Aguero foi adiantado como referencia de ataque, para seu lugar no
meio-ofensivo Yaya também foi adiantado. Barry formou a dupla de volantes com
de Jong. Mancini quis reforçar o meio para evitar os contra ataques do
adversário, e deixar o ataque mais veloz para penetrar na muralha azul de
Londres.
Aos 8 e 9 minutos o City assustou o
Chelsea. Primeiro, após cruzamento de Clichy, desviado por Cech, que triscou o
travessão, de Jong no rebote cruzou rasteiro para Silva, que tocou de letra
para o gol, a bola acertou a rede pelo lado de fora fazendo a torcida gritar
gol. Um minuto depois, Aguero de voleio após batida de escanteio levou perigo.
Di Matteo aos 12min fechou ainda
mais o Chelsea, sacou Raul Meireles, que não vinha fazendo uma bola partida e
colocou Essien. Aos 14min Cahill após rebote de escanteio chutou, a bola
desviou em Yaya Touré e foi morrer no fundo do gol, 0x1.
O gol foi um duro golpe para o time
de Manchester, o clima no estádio era de tensão o medo estava estampado nos
torcedores e jogadores Sky blues. Mancini precisava colocar fogo no jogo e não
teve duvidas: Carlitos Tevez foi o escolhido para essa árdua missão. O
argentino entrou no lugar do volante de Jong, aos 20min e deu resultado.
Tevez fez a diferença (foto: www.mcfc.co.uk) |
Com a entrada de Tevez os donos da
casa cresceram no jogo. O argentino mesmo errando algumas jogadas e com falta
de ritmo de jogo, incendiou o time e a torcida com sua disposição e raça de
sempre. A partida se tornou um jogo de ataque-defesa, o time treinado por
Mancini era só pressão, mas faltava um centroavante no comando de ataque, o que
dificulta a penetração no sistema defensivo do rival. Mancini vendo essa lacuna
no sistema ofensivo de sua equipe, mais uma vez melhorou seu time com uma
substituição pontual, aos 30min sacou Silva e colocou Dzeko a campo.
Em dez minutos aconteceu o que
parecia estar distante: a virada. O time manteve sua postura ofensiva o jogo
todo, mas agora o coração na aponta da chuteira junto com o apoio maciço da
torcida fez a diferença.
Aos 31min Zabaleta pelo lado direito
da área adversária chutou com força, a bola encontrou o braço aberto de Essien
e parou em sua mão, pênalti. Aguero assumiu a responsabilidade e com muita
competência converteu, bola de um lado goleiro de outro, 1x1. A forte pressão
continuou, e aos 40min o Chelsea não a suportou. Em uma linda jogada a estrela
de Nasri e Tevez brilhou, o francês vindo de trás tocou para Tevez de costa
para o gol, e passou, o argentino puxou a marcação e com um leve toque na bola
deixou Nasri cara a cara com Cech, ele não perdoou e com classe encobriu o
goleiro, 2x1. Tevez mostrou que pode ser muito importante na reta final, como
foi em toda sua passagem pelo City.
Nasri leva torcida a loucura com o gol da virada (foto: www.mcfc.co.uk) |
Manchester City segurou a vitória
nos minutos finais e ficou a um ponto da liderança, e ainda só depende das suas
próprias forças para ser campeão, pois ainda tem o clássico contra o United e o
jogo será em seus domínios, no Etihad Stadium.
O Chelsea continuou em quinto lugar, mas com a vitória do Arsenal e empate do Tottenham, se distanciou mais um pouco da zona de classificação para Champions e esta a cinco pontos dos Spurs, quarto colocado.
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